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Estado de Coisas

terça-feira, novembro 29, 2005
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Diretor: Bruno Torres (DF)
Elenco: Alex Ferro, André Moraes, Carlos Henrique, José Dumond

Ano: 2004
Duração: 18 min

Inspirado em fatos reais, o filme narra a viagem de dois jovens da classe alta de Brasília, que se divertem às custas das pessoas que pedem carona na estrada para a Chapada dos Veadeiros. A história toma um rumo imprevisível quando envolve um homem para quem a morte é mais do que uma simples brincadeira.

Indicação: para quem, como eu, sente repugnância pela 'playboyzada'.

Assista aqui: O Último Raio de Sol
Cem Sentidos
Eu trago o corpo dele dentro do meu corpo, memória
Trago um cigarro enquanto sinto a presença dele, agora que fumo
Tenho os olhos deles no fundo da minha retina, invasão
Guardo o cheiro dele nas minhas narinas, todos os cheiros dele
Beijo os pés deles nos meus sonhos, devoção doentia.

Ele está em cada ponto do que sou, aderido à minha alma
O Homem-Assombração nos meus olhos, narinas, boca, ouvidos e pele
O Senhor das minhas fantasias desaparece do mundo real e reaparece, encantado
O Catalisador dos meus desejos parece se alimentar apenas de lembranças.

Meus sentidos voltam-se contra mim
fantasiam-se dele
sorriem de forma debochada
enquanto eu
sofro
sem perder os sentidos.
segunda-feira, novembro 28, 2005
Sob o jugo dela
Ela é mulher e tem o estranho poder de magnetizar os homens.

Tem sido assim, ao longo dos milênios: as mulheres, mesmo que envoltas sob o manto da opressão e da ignorância, encontravam estratégias para governar os homens. Ainda que acontecesse no mundo privado, isso era especialmente perigoso por que ali, no aconchego do lar ou na volúpia da alcova, é onde elas acabaram desenvolvendo suas armas mais letais.

Ele é homem e por isso está sujeito à condição de ser dominado por uma mulher.

Duro, competitivo e viril, ele acabou cedendo aos encantos da fêmea. Passava horas a velar aquela pessoa enquanto ela dormia, chorava de medo diante da possibilidade de perdê-la, fazia todas as suas vontades em troca do simples prazer de vê-la contente. Mimos, sorriso e perdição - a diferença entre homens e mulheres é que eles, quando se entregam, ficam totalmente vulneráveis. E, o pior, sem medo.

Ela poderia maltratar, trair, desdenhar e abandonar o homem sob o seu jugo. Ela poderia divertir-se um pouco com aquela situação, o frágil homem a seus pés parecia pedir emoções fortes e não vividas, como a de sofrer por amor. Ela poderia fazê-lo chorar várias vezes, lágrimas de amor, de redenção e para extravasar um querer que não cabe na alma, de tão imenso. Poderia deixá-lo viver à própria sorte, sem amor e sem rumo, resgate do sofrimento de tantas mulheres maltratadas que passaram pela humanidade. A queima das bruxas às avessas. A dor de amor experimental, seria mais um, nem o primeiro, nem o último, mas de um modo diferente.

Em vez disso, aconchegou-se ainda mais nos braços fortes dele e pediu outro beijo.
sexta-feira, novembro 25, 2005
Receita de noite mal-passada
Ingredientes:
- Uma amiga solteira
- Um namorado enciumado
- Um programa para fazer com a amiga solteira
- Três doses de vodka, uma para cada
- Várias cervejas
- Uma pitada de falta de habilidade para driblar o namorado

Modo de fazer:
Junte a amiga solteira, o namorado enciumado, você, e misture a três doses de vodka.
Cozinhe o namorado em banho-maria até que ele resolva ir para casa e você possa adicionar o programa para fazer com a amiga solteira.
Atenção: muito cuidado nesse momento da receita. Se o namorado em banho-maria passar do ponto, a receita pode ter resultados inesperados.
Caso o namorado resolva não sair do banho-maria: acrescente rapidamente as várias cervejas. Finja que não é com você. É nessa hora que entra uma pitada de falta de habilidade para driblar o namorado.
O namorado poderá ferver e estragar o programa que seria feito com a amiga solteira.
A essa altura, dê a receita por perdida e vá para a casa do namorado, pois está muito tarde e todos querem dormir.

Resultado:
Ao final da receita, você terá ganhado a antipatia de todos os componentes da receita, exceto das vodka e cerveja. Recorra a elas para encerrar e esquecer o assunto.
Com fusão
Do nosso caso [ocaso],
uma fugaz conclusão [ilusão]:
mesmo que fosse [doce],
não teria sido [lindo].
quarta-feira, novembro 23, 2005
Fora, Noel!
Todo ano é a mesma coisa. Em meados de novembro, as pessoas começam a fazer aquela pergunta irritante: "onde você vai passar o Natal?" Como assim, onde eu vou passar o Natal?! Que diferença faz passar o Natal em Brasília, Recife ou na Conchinchina?? A essa altura, eu já ignoro Papai Noel e me preparo para o Carnaval.

O ritual se repete, alheio à minha vontade: bolas e luzes coloridas, decoração que imita neve (!), shoppings lotados de consumidores ávidos por juro-que-queria-saber-o-que, publicidade tentando vencer pelo cansaço, fraternidade com data marcada e a torturante sensação de que faltou cumprir alguma(s) das recomendações feitas há um ano. E eu praticando exercícios feito louca, condicionamento físico para o Carnaval.

Natal a cada ano, e a cada ano eu continuo resmungando. Não desejo Feliz Natal, não dou nem quero presentes, não compro bacalhau ou peru pela hora da morte, não coloco meias na janela. Não acredito no espírito natalino que chega tão rápido quanto se vai, talvez apenas para que as pessoas se sintam menos culpadas pelo inevitável ato de alimentar o seu diabinho interior, durante um ano inteiro. Nada contra Papai Noel e toda a sua parafernália. É que eu apenas já estou concentrada para o Carnaval.
terça-feira, novembro 22, 2005
Frase
Sexo sem amor é uma experiência vazia, mas como experiência vazia, é uma bela de uma experiência vazia.
Woody Allen, cineasta.
Sobre Chefes
Tenho constatado que a minha vida se resume a uma escalada de chefes terríveis. Não sei explicar bem por que, mas a máxima "sempre pode piorar" se aplica integralmente às minhas chefias, ao longo do tempo.

Começou com o primeiro emprego, lá pelos idos de 1994 [êeee, a velhice!] - os donos do hospital em que eu trabalhava [uma família] eram completamente loucos, torturadores, terroristas e mercenários. Mas foram apenas seis meses, guardo poucas cicatrizes dessa época.

De uns anos pra cá, a situação tem se agravado sensivelmente. O meu último chefe em Recife, a quem chamarei de Pernões Deliciosos - referência às pernas grossas e bem torneados do carrasco - era um eterno estressado. Gritava comigo, com a mulher dele, com o outro coordenador da pesquisa, com os filhos, com a menina do cafezinho. Falta de sexo, talvez - penso agora. Mas alguém que teve três filhos num período de cinco anos e, ainda, tem um casamento aberto, não pode sofrer por falta de sexo. Talvez ele fosse surdo e ninguém percebeu, por isso gritava tanto. Exigente, corrigia minuciosamente cada linha do que eu escrevia, nunca estava completamente satisfeito e era incapaz de esboçar qualquer possibilidade de comentário elogioso. Conviver com o Pernões Deliciosos era um exercício de paciência, mas também uma prova de fogo e um grande aprendizado, pois eu me tornei uma profissional muito melhor.

Depois vieram as minhas chefes em Brasília, duas mulheres. A primeira era paciente, mas triplamente mais exigente que Pernões Deliciosos - me fazia revisar textos até 15 vezes e, ao final da jornada, pedia singelamente para reduzir 10 laudas em um parágrafo. Mas nunca alterava a voz e eu aprendi mais sobre disciplina e "o duro exercício da perfeição", como ela mesma dizia. A segunda era agitada e dinâmica, porém paciente e tranquila, era menos exigente, mas me fazia trabalhar horrores e nas horas mais inadequadas. Às vezes eu parecia um zumbi sobrecarregado e eu nunca me declarava assim, até que uma pneumonia me botou no chão e me fez rever os conceitos. Passei a aplicar em minha vida a idéia de Reengenharia do Tempo, livro de Heloneida Studart. Pouco tempo depois, brigamos feio pra nunca mais e eu me dei conta de que era para ela apenas a operária perfeita, e não a pessoa que precisa de pausas.

Ruim? Sempre pode piorar.

Depois disso, veio o Chefe Goxxxtoso, a quem me referi em Flores Antigas. Lindo, charmosão, sedutor e absolutamente misterioso, o Chefe Goxxxtoso nunca dizia o que queria, nem do que gostava, nem o que esperava da equipe. Fazia reuniões do tipo 'terapia de grupo', em que todos reclamavam, desabafavam, brigavam uns com os outros, mas nada era decidido. Era um mineiro extremado - daquele que é tão quieto, que nem dá pra saber se ele come [nhuammmm...] Durou pouco e, sim, agora é bem pior.

O atual chefe sofre de perda de memória recente - falo pra ele quase todos os dias da minha experiência de trabalho anterior e ele sempre fica surpreso com a 'novidade'. Quando não está viajando por semanas seguidas, fica trancado na sala dele e só atende se tiver sido marcado um horário com a secretária-leão-de-chácara. Isso se não for o dia de ler e-mails, pois nesse dia sagrado ele não atende ninguém. Tenho a impressão de que ele leva joystick e óculos virtual na mala e passa horas jogando Star Wars no PC. Nunca fez reunião de equipe em dois meses, não se importa com o que os outros fazem e entra e sai do Império do Poder sem que ninguém perceba. É o próprio Lado Obscuro da Força.

Daí eu me pergunto: será que pode ser pior?

Assistindo a uma entrevista de Dilma Rousseff, Ministra-Chefe da Casa Civil, cheguei à conclusão que sim. Ela parece uma mistura de general + Incrível Hulk + perua + carrasco que me assusta. Parece todos os meus chefes em uma só pessoa. E tem aquele cabelo horrendo que me dá arrepios. É a Imagem-Objetivo de chefe que não quero pra mim. Tenho medo dela.








"Xiiiiii, querida, acho que não gostei do seu relatório... Vem cá que eu vou te acompanhar até a cela de castigo, hihihi!"
segunda-feira, novembro 21, 2005
Síndrome do Terror Familiar
Por que há sempre em mim resquícios de meu caráter anti-social. Não gosto de mesas enormes em bar, nunca sei quem cumprimentar quando chego numa festa de trabalho, saio sem me despedir, fico desconcertada quando sou apresentada a alguém, prefiro não rever parentes distantes que vejo a cada ano ou década e, pra completar, sou míope e péssima fisionomista, o que me faz esquecer quase que imediatamente alguém que acabei de conhecer.

Ah, mas nada disso se compara ao pavor que sinto da família do meu namorado. No Natal, eles costumam fazer uma festa enorme, numa chácara, dezenas de adultos e crianças em confraternização que dura cerca de 48 horas. Pânico. Na minha família, o Natal é uma festa pouco deslumbrada, quase tímida, só para os íntimos. Nossos convites se estendem no máximo até sobrinhos. Definitivamente, não é um grande acontecimento.

A idéia virou um terror para mim. Passo os dias imaginando aquele bando de desconhecidos me esquadrinhando e eu tendo que fazer o tipo namorada-simpática-que-não-se-parece-em-nada-com-a-ex-mulher-aquela-cascavel. Lembro de como a mãe dele é indiferente, a filha chora por tudo, a irmã dele fala sem parar e de como eu quis simplesmente sumir do mapa naquele fim de semana em que fui a São Paulo com ele.

No meu desespero silencioso, fiz proposta absurda para desviar a rota natalina: poderíamos ir a Recife, de carro. Calculei distância, peguei mapa na internet com o roteiro, estimei custos. Tudo assim, bem tresloucado e sem nexo.

Ele aceitou.

Agora vive planejando a nossa viagem a Recife, inclusive sugere pontos de parada para conhecer outras cidades.

Às vezes me assusto com o poder que tenho sobre ele.
quinta-feira, novembro 17, 2005
Ah, o amorzinho...
Amorzinho é aquele sentimento tranquilo, desprovido de maiores arroubos, linear e centrado, que não perde o foco e que, embora se permita um ou outro pequeno desequilíbrio, nunca caminha para pontos extremos demais. É uma paixão já serena, é um amor ainda em desenvolvimento. É o amorzinho. É o meu namoro, como é agora.
quarta-feira, novembro 16, 2005
Vida e morte de uma paixão
Eu estendi as mãos, ansiosa, mas ele seguiu andando sem mim.
Ofereceu-me apenas a "bruta flor do querer": quando eu o queria, achava que ele também me queria e que isso não se esgotaria tão cedo. Quando eu o quis ainda mais, ele não me quis e partiu para um outro querer, sozinho.

Eu tentei recolher cacos do desejo dele, com um cuidado resignado e desesperado.
Mas ele apenas espalhava ainda mais os restos do que havia, dificultando a minha dolorosa tarefa e me deixando mais uma vez atordoada. As pequenas e indóceis sobras estavam por toda parte, ou em lugar nenhum, ou em espaços tão recônditos que eu não as alcançaria.

Eu imaginei que conseguia matá-lo, por diversas vezes.
E, estranhamente, ele parecia continuar vivo. Não tão vivo quanto antes, pois eu nem sentia a sua pulsação. Parecia latente, prestes a germinar a qualquer momento. Às vezes adormecido, descansando tranquilamente e indiferente à minha aflição. Cheguei a pensar que ele se encontrava em estado vegetativo, imprevisivelmente vivo.

Agora eu quero expulsá-lo, mas temo ganhar um espaço vazio.
Outros espaços foram ocupados por outras paixões, enquanto essa paixão que permanece em estado de coma, mas não se vai. Já não dói, e não passa. Quando ele se for - se ele se for -, terei um espaço disponível, ou ele levará consigo esse imenso território ocupado durante tanto tempo? Não sei. Mas não me importo em continuar velando, carinhosamente, essa paixão agonizante.
segunda-feira, novembro 14, 2005
Casos literários
"Devemos ler para oferecer à nossa alma a oportunidade da luxúria", Henry Miller

De uns tempos pra cá, tirando a trilogia de ficção científica do Douglas Adams, o meu tempo de leitura está concentrado em decifrar as safadezas que os outros contam.

Comecei a me interessar mais intensamente por contos eróticos depois de Caio Fernando Abreu e o seu impagável Sargento Garcia. De João Ubaldo Ribeiro, A Casa dos Budas Ditosos me acendeu completamente. Foi uma reviravolta na minha cabeça já um tanto tarada. Vieram outros, alguns clássicos, a vontade era insaciável. Aconteceu também com Onze Minutos, de Paulo Coelho e sim, eu gosto dele! E os contos e delírios eróticos de Paulo Mohylovski, sempre.

A partir daí, foi a fase de procurar as mulheres que escrevem belas sacanagens. Poderia me dar por satisfeita com os contos de Anaïs Nin - que leio e releio incansavelmente - ou com o Porno Pop de Paula Taitelbaum, mas não, o desejo só foi aumentando.

Achei que o êxtase havia chegado com A Entrega, de Toni Bentley, a bailarina americana que conta, com uma sinceridade desconcertante para alguns, a experiência dela com sexo anal. Toni Bentley tenta explicar a experiência com algumas referências psicanalíticas, mas o melhor do livro é quando ela descreve o prazer da mulher, a atração pelo homem A, os detalhes das quase 300 relações anotadas meticulosamente, como num diário. Lindo.














Minha jornada sexual continua com A Vida Sexual de Catherine M. Apesar do furor causado pelo livro já ter, a essas alturas, esmaecido, pouco me importa. Começo a ler hoje, já cheia de tesão, as revelações sem-vergonhas da crítica de arte que revela suas aventuras loucas e ilimitadas. Nhammm...














Já tem mais um na fila de espera dos meus casos com os livros eróticos. O Doce Veneno do Escorpião, escrito pela garota de programa - agora ex - Bruna Surfistinha, que fez do seu blog um sucesso contando sem frescuras suas aventuras como prostituta. O livro traz, além dos relatos do blog e de explicações sbre a sua vida, páginas lacradas - hmmmm - com as histórias mais picantes e malucas. Bom.















Livros sobre sexo andam numa via de mão dupla, acho eu. Por um lado, vendem muito, o tema é inesgotável e por isso tais publicações, sendo sucesso quase sempre garantido, muitos vezes revelam-se como caça-níqueis de primeira linha. Por outro lado, isso ajuda a desvendar o tema, questionar seus tabus e diminuir a hipocrisia, em se tratando de abordagens sinceras e escritas a troco de alguma coisa.

Mas a verdadeira razão para ler tudo isso é que não há nada melhor que uma boa sacanagem bem escrita.

Alguém tem um cigarro aí pra depois?
sábado, novembro 12, 2005
Fogo sobre terra
A gente às vezes tem vontade de ser
Um rio cheio pra poder transbordar,
Uma explosão capaz de tudo romper,
Um vendaval capaz de tudo arrasar.

Mas outras vezes tem vontade de ter
Um canto escuro pra poder se ocultar,
Um labirinto onde poder se perder
E onde poder fazer o tempo parar.

Oh, dor de saber que na vida
É melhor de saída
Ser um bom perdedor!
Amor, minha fonte perdida,
Vem curar a ferida
De mais um sonhador

Toquinho/Vinícius - 1974
Mais um B.O.
Ontem tive o desprazer de ter o segundo carro furtado em Brasília, no período de um ano. Pois é, Rodolfo, o meu novo carro velho, seguiu destino desconhecido nas mãos de algum bandido sem-vergonha, que não tem o mínimo pudor nem para escolher um carro mais novo e vistoso que o meu velho Rodolfo.

E quando eu falo que essa cidade é muito filha da puta e mais [%$#*&@§?], falam que eu sou uma pernambucana ranzinza.

Diante disso, e do péssimo atendimento da polícia, e da chave de casa que tive que trocar de madrugada [a chave estava no carro, como também o meu endereço], do temporal que tomei na cabeça até resolver tudo, só às cinco da manhã, e mais a raiva de ficar novamente sem carro nessa cidade psicopata [pelo menos até o período estipulado pelo seguro], eu só tenho uma coisa a declarar: PUTA QUE O PARIU!

Voltemos à programação normal.
sexta-feira, novembro 11, 2005
Pensamento besta
Eu teria muito a corrigir se o tempo voltasse para mim.
Provavelmente não conseguiria mudar nenhum resultado.
Lixo em DVD
Dois filmes para ver em casa, dois fiascos. O Guia do Mochileiro das Galáxias, nossa, o que fizeram do meu livro preferido e seus personagens fantásticos?! Simplesmente horrível, não consegui assistir até o final.











Bridget Jones 2 é patético. Mesmo que eu não tivesse assistido ao primeiro, não reconheceria a caricatura que fizeram da personagem principal. E nenhuma das piadinhas faz rir. Lastimável, essa continuação.










Felizmente não me dei ao trabalho de ir ao cinema, nos dois casos. Alguns filmes não merecem a telona.
quinta-feira, novembro 10, 2005
Olhaço
Estou participando de um curso do Ministério onde trabalho. Sobre uma ferramenta de informática, coisa fina. Sempre adoro voltar a ser aluna.

Como termino as tarefinhas geralmente mais rápido que os meus coleguinhas - boa menina! - tenho tempo de sobra para observar a turma quebrando a cabeça com os exercícios no computador.

Nesse tempo livre, notei que uma das colegas me observava fixamente. Sorri ou fiz algum comentário inútil, do tipo "vai chover." Mas sempre que eu olhava, lá estava ela, olhar fixo e imóvel. Se eu permanecia olhando, ela fazia a mesma coisa, quase sem piscar.

Aí pintou a dúvida:
1. Ela é lésbica e, fortalecida pelo Beijaço do Movimento Gay no Congresso e por toda a discussão sobre a liberdade dos homossexuais a partir do não-beijo gay no último capítulo da novela América, resolveu me paquerar.
2. Ela é hetero e acha que eu sou lésbica e, fortalecida pelo Beijaço do Movimento Gay no Congresso e por toda a discussão sobre a liberdade dos homossexuais a partir do não-beijo gay no último capítulo da novela América, resolvi paquerá-la.
3. Nós duas somos lésbicas e, fortalecidas pelo Beijaço do Movimento Gay no Congresso e por toda a discussão sobre a liberdade dos homossexuais a partir do não-beijo gay no último capítulo da novela América, resolvemos nos paquerar.
4. Ela é míope e, portanto, não estava me paquerando, tinha apenas o olhar fixo e perdido enquanto tentava encontrar a resposta para aquela tabulação com duas variáveis.

Aceito sugestões. E se eu descobrir a resposta, conto depois.
Tô cansado de esperar que você me carregue...
A história da garota americana desaparecida no Brasil causou uma pequena coqueluche nos sites de notícias, na tarde de hoje.

O contexto
A garota Mykensie (parece nome de loja de departamentos) veio dos EUA passar um ano morando com uma família no interior de Minas Gerais, por meio de um desses programas de intercâmbio estudantil, há poucos meses. No início chorava muito - eu também choraria se tivesse que morar num lugar chamado Carmo de Paranaíba - e tinha dificuldades com o idioma. Segundo a família, calada demais, mas sempre prestativa e gentil, a garota Mykensie começou a melhorar a comunicação aos poucos.

A fuga
Domingo passado, depois de assistir a um culto de sua religião numa cidade vizinha, a garota Mykensie resolviu fugir pr'outro lugar, baby...
Foi vista pegando um ônibus para Goiás, depois pedindo carona na estrada, passou por Brasília e dormiu numa das pousadas-espeluncas [tipo anssim, uma daquelas em que morei quando cheguei na cidade], em seguida... sumiu!

A procura
A Polícia Federal e o FBI no encalço da garota Mykensie. Cartazes espalhados, procura-se viva ou morta. Matéria no Jornal Nacional. Denúncia falsa de que ela estaria na Embaixada Americana em Brasília, a Embaixada em silêncio total. Alguém sugere que ela tenha vindo a um encontro da religião dela que está acontecendo em Brasília - oh ouh, o nome dela não está na lista de participantes. Os pais chegam ao Brasil às pressas - devem ter comentado "huou, o que esses latinos subdesenvolvidos fizeram com nossa little daughter??!!"

Quem procura, acha...
Sim, a garota Mykensie foi encontrada. Na praia da Pituba, ao lado de um negão baiano, a partir da denúncia de alguém que viu a matéria na TV e identificou a menina que saía de um restaurante chamado Bode Grill.



"Hey, daddy, take it easy! Tudo o que eu quero é dormir

um pouco, recostada no peito desse Carlinhosbrown aqui..."

Minha conclusão
Ah, que inveja da garota Mykensie, ela realmente sabe das coisas...
Veja o meu caso: fugi de Recife sem escala em Salvador, vim parar em Brasília, respirando barro há três anos e com uma vaga lembrança do prazer de uma buchada de bode. A garota Mykensie fugiu do interior de Minas e foi encontrada comendo carne de bode grelhada [nhammmm] com um belo negão, numa praia de Salvador!

Honey, it's all of good! - Gi, diz aí a tradução correta para 'tudo de bom' em inglês :)

quarta-feira, novembro 09, 2005
Vivas!
Uma das [poucas] coisas boas de morar em Brasília é ter um Centro Cultural do Banco do Brasil - CCBB por perto. Programação diária, variada, barata - às vezes gratuita - e a satisfação de perceber que há lugares assim numa cidade tão elitista. O CCBB é um espaço que tem se preocupado com a questão do acesso - complicadíssimo para quem não tem carro, como quase tudo na cidade - e disponibiliza ônibus gratuito diariamente, a cada hora. Pequenas multidões de alunos de escolas públicas lá desambarcam diariamente, com direito a monitores no local para orientar as visitas. Além de tudo, é um lugar lindo cercado por uma paisagem alentadora. Viva o CCBB!!!

Somente a exposição Geração Eletrônica, que conta a história da música eletrônica, já valeria a minha ida ao CCBB hoje. Além dela, há a mostra O Novíssimo Cinema Nórdico, que apresenta filmes produzidos na Islândia, Dinamarca, Noruega, Suécia e Finlândia. Hoje, Simplesmente Bia, uma deliciosa comédia adolescente norueguesa, que recomendo fortemente. O filme me fez lembrar o quanto o sexo é misteriosamente complicado nessa fase da vida. Viva o sexo aos 30!!!
terça-feira, novembro 08, 2005
Xô saudade
Xô saudade
Tô te tangendo
O tempo vai longe
E tu passarás
Pássaro branco do bico vermelho
Desenho no peito
A paz

Voando leve como voa o pensamento
O pensamento voa ligeiro demais, demais

Alceu Valença - 1980
Coisas
Meu namoro completa apenas cinco meses (amanhã - \o/) e já estamos na fase de delimitar "suas coisas, minhas coisas, nossas coisas." Muito cedo, talvez, mas quanto antes melhor. Não gosto da idéia do relacionamento baseado no parasitismo, "na base do só vou se você for", como diria o Rei. Mais ao mar do que à terra, é difícil achar a medida certa da individualidade. Mas a gente tenta.

Minhas coisas
* O bar Merlin, recém-descoberto, que tem um DJ fantástico às sextas-feiras e aquele ar de "festa estranha com gente esquisita" que eu adoro. Decidi frequentar o lugar apenas quando eu puder ir com amigas.
* Ataulfo, o meu computador. Namorado não chega perto dele nem com o pretexto de "ver e-mails."
* Cinema sozinha, vez em quando, pra variar.
* Dançar solta, por que ele não sabe dançar, por que eu adoro dançar sozinha e por que esse prazer não arrancam mais de mim, nem a fórceps.
* O meu carro, que só eu dirijo.
* O meu blog - aqui namorado não pisa!

Suas coisas
* Boteco perto da casa dele com amigos, aprovo e apóio, não sem interesses próprios - o de também poder ter meu próprio boteco.
* Qualquer encontro dos colegas de trabalho dele - recuso delicadamente, a cada vez com uma desculpa diferente, mas sempre com um forte incentivo para que ele compareça, "pelo menos para fazer um social..."
* Viagens para São Paulo, para visitar a filha, também recuso, mais delicadamente ainda.
* Caminhadas no Parque Olhos D'Água, por que ultimamente ando disposta a doses mais fortes de dopamina, às custas de esgotantes aulas de spinning.
* O carro dele, que só ele dirige.

Nossas coisas
* A conta do supermercado, que vamos dividir a partir de agora e que não considero uma união velada, mas uma questão de justiça social [ou etiqueta?], já que fazemos muitas refeições aqui em casa.
* Filminhos em casa, nos dias de preguiça.
* Shows, temos assistido vários.
* Cinema, um prazer que ele readquiriu graças ao meu vício.
* E tudo o mais que não se enquadre nas categorias 'minhas coisas' nem 'suas coisas'.
segunda-feira, novembro 07, 2005
(Des)igual
Caminhar até a porta, apagar a luz, fechar a porta com duas voltas e a grade com três, descer as escadas e ir trabalhar. Bater a porta da entrada antes de sair.
- Às vezes, é reconfortante saber da rotina absolutamente invariável.

Caminhar até a porta, apagar a luz, fechar a porta com duas voltas e a grade com três, descer as escadas e dar de cara com um dinossauro de duas cabeças que dá bom dia e cospe fogo, por que gostaria de ter sido dragão. Responder apressada, sair correndo pelo mundo e deixar a porta da entrada aberta.
- Às vezes tudo o que se quer, e que se chega a suplicar, é um dia diferente dos demais.
quinta-feira, novembro 03, 2005
Trapaças da sorte, gafes ou "eu poderia ter passado sem essa..."
Número 1
Chegar extremamente bêbada na casa do namorado, terça-feira passada, véspera de feriado, reclamando por que não há lugar para beber em Brasília às 3h da manhã. Mais algumas conversas absolutamente inúteis e algumas declarações de amor depois, eu fui dormir, como boa bêbada. Vexame.

Número 2
Hoje resolvi oferecer os meus préstimos [no bom sentido] a um diretor de departamento do Ministério em que trabalho, pois desejo ansio-desperadamente mudar de área. Pá daqui, pá de lá, falei sobre o meu interesse pelo trabalho, da insatisfação com o meu trabalho atual e de como isso pode ser feito, em termos formais. No final, ao me despedir, como ele não apertou minha mão e me cumprimentou com dois beijinhos, eu fiquei meio sem saber onde colocar as mãos e uma delas escapou... direto pro peito dele! Detalhe 1: o peito é forte e bem definido. Acho que tem pêlos. Detalhe 2: ele é evangélico e ultraconservador, deve ter pensado que eu sou algum tipo de diabo em potencial. Desastre.

Número 3
Sabe quando aquela amiga que durante algum tempo é inseparável, unha-e-carne, corda-e-caneca? E sabe quando você reencontra essa pessoa alguns meses depois e se dá conta do quanto ela é fútil, desinteressante e chata? Aconteceu comigo. O termômetro de uma amizade é, sem dúvida, o tempo de separação. Há amigos que, anos depois ou muitos quilômetros distantes, continuam sendo absolutamente fascinantes e indispensáveis. Outros perdem o brilho em apenas alguns meses de distanciamento. Triste.
terça-feira, novembro 01, 2005
Já que as enquetes estão na moda...
Uma enquete não realizada por este blog fez aos seus milhares de leitores a seguinte pergunta:

É certo sair para sambar com amigas no Café da Rua 8 numa terça-feira, véspera de feriado, e deixar o namorado em casa, sozinho?

Sim - 20% dos leitores acham que o casal deve preservar a liberdade individual e a possibilidade de ter seu espaço próprio, seja para a diversão, reflexão, amizades, programas de televisão, conversas com vizinhos e outras atividades.

Não - 20% dos leitores acha que isso pode desgastar o relacionamento, pois ambos devem desfrutar das mesmas alegrias e compartilhar todos os momentos, especialmente numa terça-feira, véspera de feriado.

Não sei - 20% dos leitores não sabem ou preferiram não responder à pergunta.

Não sei, mas... - 20% dos leitores não sabem responder, mas concordam que o samba do Café da Rua 8 é um ótimo programa para uma terça-feira, véspera de feriado.

Não, sei, não quero... - 20% dos leitores não sabem, não querem saber e têm raiva de quem sabe. Os estatísticos que processaram as afirmações supõem que esse seja o grupo de leitores que não têm nenhum programa para hoje, terça-feira, véspera de feriado, e por isso responderam à enquete de forma mal-humorada.

Diante do resultado da enquete, a autora decidiu sair com as amigas para o samba do Café da Rua 8, desacompanhada de seu par, só para não acostumá-lo mal mesmo. \o/

PS: a margem de erro da enquete é de 20 pontos percentuais.