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Estado de Coisas

sábado, julho 28, 2007
Palavrinhas
Fui educada para nunca chamar palavrão, qualquer que fosse a situação. E o condicionamento era assustador: diante de um desavisado 'pqp!', minha mãe mostrava a faca de serra, lâmina brilhante, com que poderia cortar nossas línguas! :O

O resultado disso é que hoje gasto o meu português ruim com quem não merece. Horas depois, constato que um 'tomá no cu' seria bem mais resolutivo. Mas eu simplesmente não lembro disso na hora em que é necessário e, se lembrasse, talvez nem dissesse.

Talvez haja uma forma de contornar a minha péssima educação. Posso dizer, sem ofender: "olha, seu eu não fosse tão bem-educada, te mandaria tomar no cu. Mas não vou fazê-lo. Que tal pararmos por aqui? Obrigada"

:)
quarta-feira, julho 25, 2007
Desejo que desliza
Sabiam que se desejaram desde o primeiro olhar. Por uma dessas tantas afinidades inexplicáveis, não conseguiam parar de falar sobre amenidades, vida, paixão, signos. Tudo muito educado e distante. Mas se queriam.

Ao fim daqueles dias em que estariam em contato, uma necessária caneta fez com que as mãos dele deslizar por entre as dela por uns poucos instantes. Deveriam ter pousado ali. Mas voltaram à distância regulamentar.

Sabiam que se desejariam outras vezes. E só.
A (deliciosa) arte de ignorar idiotas
Muitas vezes, diante de seres humanos bons e maus igualmente,
meus sentidos simplesmente se desligam, se cansam, eu desisto. Sou educado.
Balanço a cabeça. Finjo entender, porque não quero magoar ninguém.
Este é o único ponto fraco que tem me levado à maioria das encrencas.
Tentando ser bom com os outros, muitas vezes tenho a alma reduzida
a uma espécie de pasta espiritual.
[Charles Bukowski]

Desconfio que os velhos (mais sábios) não são realmente surdos. Eles apenas chegaram ao ponto mais elevado da arte de ignorar idiotas - um dia, quem sabe, eu chego lá!

Antes eu me perdia em discussões inúteis, argumentos intermináveis, ofensas inevitáveis. Lábios trêmulos, eu dava uma boiada para não sair de uma briga. Era o idiota, ou eu.

Comecei a perceber que os idiotas não valem a pena por dois motivos - são incapazes de entender idéias diferentes das deles e porque são simplesmente entediantes mesmo. Confundem sarcasmo com piada. Olham para as pessoas e não conseguem ver nada além de um espelho que reflete apenas a sua inutilidade. Tentam atingir gigantes com alfinetadas tolas.

Desde então, aturo os idiotas com uma tolerância impassível: seus discursos moralistas, declarações hipócritas, raciocínios estúpidos, piadas sem graça nenhuma. Tudo em nome de minha saúde mental. E contra o desperdício de tempo.

Vale tudo em nome da sobrevivência: riso sem nexo, expressão alheia, comentário insípido, ironia sutil ou mesmo o clássico "é, tens razão". Não entendi ainda se eles encaram isso como vitória ou interrogação. E nem vou me debruçar sobre essa dúvida. Como dizia o título daquela antiga revista MAD, para perguntas imbecis, respostas cretinas.

Até que eu fique surda. :)
domingo, julho 22, 2007
Quarto
Mal conhecia aquele homem. Poucas informações além do seu nome e condição de viajante naquela cidade. Era só entregar os bilhetes de passagem dele, era o trabalho dela, e ir embora. Mas os olhos negros daquele desconhecido não a deixaram sair.

Entrou no quarto de hotel e deixou o pudor do lado de fora.
Deitou na cama com ele e quis que a luxúria ficasse.
sábado, julho 21, 2007
Sexo racional
Ele não sofria de impotência, ejaculação precoce ou algum desses problemas sexuais tipicamente masculinos, não. Era bonito, o meu amigo, e eroticamente viável, digamos assim. Sorriso pequeno que fazia covinhas nas bochechas morenas, ar idealista de quem queria salvar o mundo e braços masculinamente protetores. Era infeliz, o meu amigo. Sofria um drama toda vez que deitava. Na falta do nome correto, chamarei de racionalidade sexual.

Meu amigo simplesmente não conseguia relaxar. Sabe quando o tesão toma conta da gente e a mente desliga, vai no automático? Pois é, ele nunca chegava lá. Pensava no calor que fazia, se que ela estava gostando ou fingindo, no morcego que frequentava a sala de trabalho dele durante o dia, no furinho do canto esquerdo da blusa dela.

Ficava excitado, mas só fisicamente. A mente continuava o traindo, era dominado por pensamentos fúteis e inadequados. A mágica não vinha e o sexo virava uma mulher colada em seu corpo e mil idéias desconexas na cabeça. Perdeu o sono, a auto-estima, o desejo de conhecer novas pessoas. Começou a achar o sexo um grande martírio. Sentia que estava perdendo o melhor da festa.

A racionalidade sexual foi objeto de muitas conversas, terapias, tentativas loucas de sexo casual, quente, fetichista, louco. Nada funcionava. Chegou ao cúmulo de tentar enxergar a marca de um chicote durante uma fantasia dessas. "Afinal, quem diabos fabrica esse tipo de acessório?", se perguntava, enquanto uma rainha dominadora se deliciava em malvadezas.

Um amigo dele decifrou o enigma da racionalidade extrema. Depois de uma festa, ambos levemente bêbados, dividiram o sofá e... hmmm, a dor e a delícia foram tão intensas, que ele não conseguiu pensar em nada. Continuam não pensando juntos, de vez em quando, às escondidas, até hoje.
quarta-feira, julho 18, 2007
Trágico
Triste, muito triste, lamentável.

Soube da notícia hoje, ao acessar o meu site favorito. Primeiro senti uma melancolia enorme, seguida por uma certa frustração. Depois um vazio, um mal-estar, como se algo me faltasse, como se o mundo estivesse mais pálido, a partir de então.

Difícil pensar em responsáveis agora. A tragédia já vinha sendo anunciada há algum tempo, mas eu [como, suponho, muita gente] nunca acreditei nesses maus presságios. Pelo contrário, acreditei em soluções tempestivas e felizes. Afinal, quem seria capaz de negligenciar algo tão importante e intencionalmente deixar tantos órfãos?!

Enganei-me. O pior aconteceu.

E não, não me refiro ao acidente do vôo 3054 da TAM, mas à lástima que é a morte do site No Mínimo, o melhor site de jornalismo da internet.

Inacreditável. :(
domingo, julho 15, 2007
O que ficou
Tudo nele era imperfeito, exceto a barba. Exata, escura, imponente.

E ela já o havia esquecido. Partiu pra outra, virou a página, deu a volta por cima.

Porém, vez por outra, sentia como se os pêlos do rosto dele roçassem a sua pele.
Fim do mundo
A novela das oito nem tinha terminado quando ela percebeu que havia chegado o Dia do Juízo Final. Anjos, trombetas, fogo e muita luz, exatamente como estava escrito. Arrumou algumas roupas rapidamente, as que eram indispensáveis num lugar celestial como deveria ser o Paraíso. Apressou-se em correr para a rua para ouvir o veredicto Dele. Mas o resultado do julgamento foi transmitido secamente por um dos anjos-assessores:

- Vá para o inferno, anjos caídos te aguardam na porta para as devidas providências.

Mesmo em choque, ela conseguiu questionar:

- Inferno?! Como assim, o que vocês querem dizer?!
Eu vivi uma vida toda certinha, nos moldes de gente normal. Estudei, trabalhei, casei, reproduzi e descansei, ao final de tudo. Nunca fiz mal a uma mosca, não fui pervertida ou polêmica e todos sabem que sempre levava agulha e linha na bolsa, de tão prestativa que sou. Falava baixo e de minha boca nunca saiu um palavrão. Ia à missa todos os domingos e nunca falava mal de ninguém. E que Deus é esse que, além de me punir por toda a eternidade, não se dá ao trabalho de vir aqui me dizer isso pessoalmente??? Desculpe, meu filho, como é mesmo seu nome?...

- Gabriel - disse o anjo, entediado.

- Então, Gabriel, peça a seu chefe misericordioso que venha falar comigo, eu posso explicar tudo.

- Não vai dar.

Histérica, ela perguntou, gritando:

- Mas por que, meu Deus?!?!

O anjo retrucou:

- Sabe como é... Ele perdoa tudo, menos mediocridade.
sexta-feira, julho 13, 2007
Escolhas
A verdade aparece cristalina como as águas do Rio São Francisco quando a gente percebe que não há vítimas nem culpados - as pessoas ESCOLHEM ser o que são.

Aquela minha amiga, tadinha, que só encontra pela vida cafajestes que a fazem sofrer. Golpes, decepções, jogo sujo e até prejuízos financeiros. Falta de sorte, escolhas erradas ou destino? Nada disso, ela escolheu estar com esses cafajestes. E, só me lembro agora, ela dispensou dois ou três caras hiper legais sob o argumento de que eram feios, isso ou aquilo. Que tipo de ganho ela tem nisso, eu nem posso imaginar. Mas com certeza tem.

O meu irmão subjugado e depois abandonado pela mulher, que partiu sem maiores explicações levando todos os móveis da casa e deixando cães adotados durante pelo menos dez anos de vida em comum. Mágoas, não. Ele diz que ela é hoje sua melhor amiga. Ele escolheu a escravidão e depois o abandono. Cuida dos seis cães até hoje, com uma certa devoção.

Mesmo o empregado maltratado pelo patrão. A mulher espancada pelo marido. O pedinte largado pelas ruas. A filha oprimida pelos pais.

Tudo o que os cientistas sociais e outros estudiosos apressam-se a explicar como parte de uma complexa teia social desvendável por teorias super-elaboradas, não passa de escolhas indivíduais. Todos nós, massa que parece homogênea, somos pessoas cheias de confusas experiências e desejos, que às vezes revelam-se como escolhas incompreensíveis para a maioria.

As feministas - grupo no qual me incluo - que me perdoem, mas isso equivale dizer que as mulheres, de certa forma, escolhem ser assassinadas por seus algozes. De um jeito confuso e doentio das duas partes, que não consigo explicar. E que nem cabe entender.
quarta-feira, julho 11, 2007
Enfim, fui a Petrolina, a próspera cidade sertaneja lá do Vale do São Francisco.

Chegando...
O turismo em Petrolina é ainda muito incipiente e não demorou muito para que percebéssemos isso. Tivemos muita dificuldade de encontrar informações sobre os roteiros, mesmo os tão aclamados, como o de vinhos.

Lá pelo segundo dia, na visita ao Museu do Sertão, que fica no mesmo prédio da Fundação de Cultura da Cidade, encontramos panfletos com algumas pistas para, enfim, começar a conhecer a cidade.

O que vale a pena...
O roteiro dos vinhos é imperdível. As visitas às vinícolas são agendadas no dia anterior e incluem conhecer desde as plantações de uva até a degustação que deixa a gente azim meium zonzum. Delícia. Voltamos com caixas recheadas de vinhos Garziera e do inevitável Rio Sol.

Também vale a pena conhecer projetos de agricultura irrigada e observar o estranho contraste entre Caatinga e verdíssimos pomares que parecem não ter fim. Tivemos a sorte de estar na cidade no período da Feira 'Agri-Show Semi-Árido' e assim deu pra conhecer de perto os trabalhos incríveis que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, desenvolve por lá.

O Rio São Francisco passando ali é eletrizante de tão lindo, tão farto, tão transparente. Eu gostei da Ilha do Rodeador, que é o local predileto dos petrolinenses nos finais de semana, mas que pudemos curtir com uma certa exclusividade na quarta-feira. É pertinho do centro e a travessia leva menos de 10 minutos.

A orla é bem organizada e muito limpa, como toda a cidade. Mas os passeios de barco são raros e parecem só acontecer a partir da demanda de grandes grupos. Dessa forma, fizemos o trajeto até Juazeiro, numa espécie de barco-ônibus cuja passagem custa R$ 0,75 e no qual as pessoas, cansadas na volta para casa e com os olhos já acostumados à paisagem, parecem não se deslumbrar muito com o estonteante pôr-do-sol.



A Barragem de Sobradinho fica muito longe e depois de uma estrada complicada, mas a paisagem é realmente recompensadora.

Ah! Lembrar que também é obrigatória a passagem pela casa de Ana das Carrancas e pela Oficina do Artesão.


Para comer...
Profundamente frustrada, não recomendo o famosíssimo e tão esperado Bodódromo. O atendimento é ruim, a comida é mal cuidada e grande parte dos bares e restaurantes estavam fechados nos vários horários em que estivemos lá. Fiquei de bode.

Por outro lado, o restaurante Maria Bonita, que abre todos os dias para jantar e faz almoço sob reserva... ai ai, viu? Pertence à Vinícola Santa Maria, que produz o vinho Rio Sol, e tem como especialidade deliciosos pratos de bacalhau. A decoração é linda e o local agradável demais. Esqueci o bode por uns momentos.

Agora, sair do sertão sem comer um bom bode, nem pensar! Descobri na orla o despretensioso Barrettu's, que serve um bode incrivelmente macio e com acompanhamentos deliciosos. Virei fã na hora.













Enfim, Petrolina não possui um turismo óbvio, o que não deixa de ter seu encanto. Ou talvez seja exatamente aí onde está o encanto.
quarta-feira, julho 04, 2007
Férias
Estou de férias em Petrolina, cidade do sertão pernambucano que fica a mais de 700 Km da capital. Depois eu conto detalhes, fotos, glórias e desventuras durante essa semana de realização do meu antigo sonho de conhecer o semi-árido.

Um momento que eu vou ali passar batom para curar a fenda que se abriu no meu lábio, nessa umidade de pouco mais de 50%, e já volto.