Enfim, fui a Petrolina, a próspera cidade sertaneja lá do Vale do São Francisco.
Chegando...O turismo em Petrolina é ainda muito incipiente e não demorou muito para que percebéssemos isso. Tivemos muita dificuldade de encontrar informações sobre os roteiros, mesmo os tão aclamados, como o de vinhos.
Lá pelo segundo dia, na visita ao
Museu do Sertão, que fica no mesmo prédio da Fundação de Cultura da Cidade, encontramos panfletos com algumas pistas para, enfim, começar a conhecer a cidade.
O que vale a pena...O
roteiro dos vinhos é imperdível. As visitas às vinícolas são agendadas no dia anterior e incluem conhecer desde as plantações de uva até a degustação que deixa a gente azim meium zonzum. Delícia. Voltamos com caixas recheadas de vinhos
Garziera e do inevitável Rio Sol.
Também vale a pena conhecer projetos de agricultura irrigada e observar o estranho contraste entre Caatinga e verdíssimos pomares que parecem não ter fim. Tivemos a sorte de estar na cidade no período da Feira 'Agri-Show Semi-Árido' e assim deu pra conhecer de perto os trabalhos incríveis que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, desenvolve por lá.
O Rio São Francisco passando ali é eletrizante de tão lindo, tão farto, tão transparente. Eu gostei da Ilha do Rodeador, que é o local predileto dos petrolinenses nos finais de semana, mas que pudemos curtir com uma certa exclusividade na quarta-feira. É pertinho do centro e a travessia leva menos de 10 minutos.
A orla é bem organizada e muito limpa, como toda a cidade. Mas os passeios de barco são raros e parecem só acontecer a partir da demanda de grandes grupos. Dessa forma, fizemos o trajeto até Juazeiro, numa espécie de barco-ônibus cuja passagem custa R$ 0,75 e no qual as pessoas, cansadas na volta para casa e com os olhos já acostumados à paisagem, parecem não se deslumbrar muito com o estonteante pôr-do-sol.
A Barragem de Sobradinho fica muito longe e depois de uma estrada complicada, mas a paisagem é realmente recompensadora.
Ah! Lembrar que também é obrigatória a passagem pela casa de Ana das Carrancas e pela Oficina do Artesão.
Para comer...Profundamente frustrada, não recomendo o famosíssimo e tão esperado Bodódromo. O atendimento é ruim, a comida é mal cuidada e grande parte dos bares e restaurantes estavam fechados nos vários horários em que estivemos lá. Fiquei de bode.
Por outro lado, o restaurante Maria Bonita, que abre todos os dias para jantar e faz almoço sob reserva... ai ai, viu? Pertence à Vinícola Santa Maria, que produz o vinho Rio Sol, e tem como especialidade deliciosos pratos de bacalhau. A decoração é linda e o local agradável demais. Esqueci o bode por uns momentos.
Agora, sair do sertão sem comer um bom bode, nem pensar! Descobri na orla o despretensioso Barrettu's, que serve um bode incrivelmente macio e com acompanhamentos deliciosos. Virei fã na hora.
Enfim, Petrolina não possui um turismo óbvio, o que não deixa de ter seu encanto. Ou talvez seja exatamente aí onde está o encanto.
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