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Estado de Coisas

sexta-feira, novembro 20, 2009
O bonito e a vida
Hoje aconteceu uma coisa triste, estranha.

Um dos meus contatos mais antigos no MSN é de um blogueiro de Brasília, com quem converso desde 2004. No início, sobre pornografia, interesse mútuo. Depois foi virando uma amizade singela, com direito a desabafos sobre a vida profissional e confissões sobre relacionamentos afetivos. E ainda sobre pornografia.

Trocávamos idéias, fotos, sites que nos interessavam. Ele me chamava de flor, eu o chamava de bonito. Uma vez ele estava em Recife, eu morava lá, mas não conseguimos nos encontrar. Depois eu vim morar em Brasília, mais uma vez nada de mundo real, embora sempre cogitássemos a possibilidade do encontro.

Eu não sei bem explicar como essa pessoa passou a fazer parte de minha vida, de tal forma que nos aconselhávamos sobre nossas paixões loucas e expectativas amorosas, como se fôssemos velhos amigos. Sabíamos no que o outro estava trampando, nos seguíamos no Twitter. E foi lá, no mesmo Twitter, que eu soube hoje que ele... morreu. Sim, ele lutava contra uma doença há algum tempo e a batalha findou hoje.

Fiquei chocada, atônita, triste. E isso me deu uma dimensão concreta dos relacionamentos virtuais.

São tão reais a ponto da gente sentir a dor da perda de alguém que nunca viu. São ilusórios a ponto de eu desconhecer um drama tão forte da vida dele.

Não dá pra saber tudo um do outro através do monitor. O problema é que a gente conhece tanto e se mostra tanto, que chega a pensar que aquilo é tudo.

Vida e morte são virtuais. Fica com Deus, bonito.
sábado, novembro 07, 2009
A fome e o refrigerante
Foi hoje, no self service onde almocei. Uma mulher magra e com cara de fome pede uma refeição, a moça da mesa em frente à minha concorda em pagar. E lá foi ela, fazer o prato para almoçar.

Quando ela volta e entrega a comanda à moça pagante, algo parece estar errado. A moça franze as sobrancelhas, aponta para a comanda e parece pedir explicações. A moça faminta fala algo baixinho e volta para a mesa.

Na fila, já na hora de pagar, descubro o motivo da polêmica: a moça faminta pediu um refrigerante. Sim, um refrigerante para acompanhar o almoço. As pessoas comentam, indignadas, como ela é "folgada" e "abusada'. "Um refrigerante, que absurdo!"

Meus pais concordam com a tese e me explicam qual é a lógica: refrigerante é supérfluo e ela pode passar sem isso. Quando ela trabalhar e puder pagar o seu próprio almoço, que compre o refrigerante. Pergunto a eles sobre as pessoas que trabalham e nem assim podem se dar "ao luxo" de comprar refrigerante. "Que se conformem", respondem.

O pensamento de meu pais reflete o pensamento geral, a naturalização da pobreza e a aceitação passiva das desigualdades. E nesse sistema, o fato de uma pessoa não ter o que comer e sentir fome causa menos indignação do que o pedido de um refrigerante.