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Estado de Coisas

quarta-feira, janeiro 05, 2011
Sobre gatas e dilemas
Eu tenho quatro gatas há quatro anos. Adoro todas elas. Foram aparecendo na minha vida de diferentes maneiras e se tornaram parte dela da forma incisiva e sutil que só os gatos têm. Mudei de apartamento em Recife, foram comigo. O condomínio não permitia animais, mas elas viveram lá e passaram incólumes, sob a vista grossa da síndica e vizinhos do lado. Vim para Brasília, vieram comigo. Foram minha única companhia durante algum tempo. 

Sou favorável à idéia de posse responsável e levei isso até as últimas consequências com as minhas gatas. Elas nunca ganharam à rua e só saíam comigo para ir ao veterinário. Notei que as saídas faziam com que elas ficassem sempre estressadas, nervosas e assustadas. Morei sempre em apartamentos com tela em todas as janelas, de forma que elas nunca tivessem acesso à rua, com todos os perigos que lá existem, e assim tem sido.

Ter gatos é uma delícia, mas também tem suas agruras. Além dos pêlos que se multiplicam e da limpeza diária da caixinha (no caso, caixinhas) de areia, as boas rações costumam ser caras. Mas, na minha experiência, nenhum desses itens se compara à dificuldade de lidar com a destruição que esses elegantes animais são capazes de provocar no ambiente doméstico. Sim, gatos são vândalos.

O rastro de destruição das minhas passa por pequenos e grandes objetos de artesanato, segue pelos imãs de geladeira e chegou até o meu sofá semi-novo. Sim, quase novo, apesar do estado dos braços...

A foto está tremida, mas dá uma idéia do estrago...

A gente tenta disciplinar, oferecer brinquedinhos e espaço, entender que gatos são assim mesmo etc. Mas, confesso que fraquejei quando elas quebraram duas vezes seguidas o tampo de vidro de minha mesa (bem caro) e mais... uma garrafa de saquê vinda do Japão, um presente especial que eu vinha reservando para uma ocasião igualmente especial. Cheguei a pensar que talvez isso me ensinasse a não guardar coisas boas para momentos futuros, mas não consegui não lamentar a perda.

Junte-se a isso tudo o fato de que eu conheci uma gata no Rio, na pousada onde fiquei, que pertence ao dono, que mora lá. Vive solta, a casa não tem proteção, em princípio fiquei meio preocupada com a situação dela. Mas com o passar dos dias, vi que ela vinha todos os dias, à noite ou mesmo durante o dia, tranquila, educada e belíssima. Nenhum sinal de destruição pela casa. O dono me contou que ela costuma caçar pequenos animais e oferecê-los de presente, inclusive um... morcego. Posso garantir que ela não parecia machucada nem mal cuidada.



Tudo isso vem em fazendo questionar se a idéia de posse responsável se aplica integralmente a todos os gatos. Claro que não dispensaria cuidados e proteção, mas... mantê-las presas em casa é mesmo a melhor solução? Ou o meu egoísmo está me induzindo à essa decisão, que interessa mais a mim (e aos meus móveis) do que a elas?

Taí um ótimo dilema para o meu Ano Novo.
domingo, janeiro 02, 2011
Malandro é malandro, mané é mané...
Eu adoro o Rio de Janeiro. Mesmo. A cidade, a beleza incrível, o jeitão descontraído, o samba. Mas eu só conhecia o Rio em viagens curtas ou a trabalho, não tive nenhuma experiência de cotidiano na cidade. Dessa vez, resolvi passar o reveillon em Copacabana, sonho mais de meu filho que meu, e passar mais de uma semana na cidade, para aproveitar a folga do final de ano.

Foi aí que eu conheci o lado obscuro da cidade. A malandragem, esse símbolo do lugar, entranhada na vida das pessoas do lugar. Essa imagem do bom malandro, de chapéu panamá e sapatos brancos, divertido e esperto, se safando das agruras da vida - isso eu apaguei do meu imaginário. A malandragem no Rio é nociva, degradante, triste. Divide as pessoas em dois grupos inconciliáveis: os "malandros" e os "manés".

A malandragem começa na falta de confiança nas relações comerciais, todo mundo desconfiando de todo mundo, até na hora do pagamento de um copo de suco que se vai beber. Continua nos pequenos furtos e preços acima do real. É a canga que, em questão de meia hora, passa de 10 a 20 reais no dia do show de Roberto Carlos. Foi só meia hora. E os vendedores ficam irredutíveis. É o táxi que cobra deliberadamente 40 reais por um trajeto de 8 reais, de Copacabana à Lagoa Rodrigo de Freitas. É o mal estar, a insegurança generalizada, o passar a perna no outro, a Lei de Gerson absoluta.

Eu fiquei triste por essa cidade linda, que eu amo. Ninguém ganha nada com tanta malandragem. E me dei conta de que a chamada guerra do Rio vai muito além do tráfico. É a guerra contra a guerra do povo contra si mesmo. É a guerra em busca de mais solidariedade e menos esperteza. É a guerra por um pouco de gentileza, como num dos ícones da cidade.