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Estado de Coisas

quarta-feira, setembro 30, 2009
O velho novo
Um amigo meu perguntou o que eu fiz de novo este ano. Segundo ele, eu precisava fazer alguma coisa nova, algo que eu nunca tivesse feito antes e que me preencheria. Exemplo? Dança de salão.

De fato, não fiz nada tão novo em 2009. Em compensação, fiz tantas coisas que me renovaram, me fizeram sentir desafiada e me trouxeram tantos medos e supresas, que nem sinto falta de novidades puras.

Eu sei, é cedo para uma retrospectiva de 2009, e não é o que pretendo fazer. O que quero dizer é que não é preciso fazer dança de salão ou curso de trapezista para fazer algo novo. A novidade está em vencer os pequenos e grandes desafios nossos de cada dia.

Estudar política social numa área de orientação marxista foi novo pra mim, oriunda da área de saúde e cheia de fórmulas estatísticas na cabeça. Deixar um relacionamento que me fazia mal, apesar da dor que me causou, foi novo e de extrema coragem, me revelou o meu amor próprio, muitas vezes não muito evidente. Ter tarefa para as 24 horas do dia foi algo muito novo, depois dos dois anos de inércia completa em Recife. Entender a adolescência do meu filho, ou tentar. Dizer 'não' quando as pessoas ultrapassam certos limites. Sonhar acordada, mas acordar. Almoçar no Restaurante Universitário da UnB. A cada dia, aprender a viver longe da cidade que eu amo, Recife. Deixar de ser míope. Usar mais vestidos. Comprar um perfume, produto que nunca usei.

Encarar a novidade e o desconhecido dos dias comuns exige um esforço enorme. É como dizia o poeta:

"O problema não é inventar. É ser inventado hora após hora e nunca ficar pronta nossa edição convincente." Carlos Drummond de Andrade
segunda-feira, setembro 28, 2009
Anonimato
Definitivamente, o anonimato virtual do meu blog se foi. Se é que algum dia existiu.

Eu tentei a duras penas preservar o anonimato por aqui e talvez tenha supervalorizado esse ponto. Por querer ficar à vontade para escrever de intimidades a sacanagens. Por querer ser mais eu, não estando à vista.

Aos poucos, mais e mais pessoas foram relacionando o blog à pessoa, por diferentes vias. E o blog continuou sendo o que era, retrato do que eu sou. Hoje, tom confessional. Amanhã, quem sabe. Mas agora sou eu aqui, nome, sobrenome e desabafos.
Recado para o moço que se acha
Cuidado, moço que se acha.
Moço que se acha imprescindível, irresistível, o pegador. Que trata a moça como fosse presa fácil ou troféu engraçado. Moço que acha que a partida está ganha e que ela não vai conseguir escapar dele, o garanhão.
Essa história se repete muitas e muitas vezes. Ele abusa, ela cansa e vai embora, ele vem chorar o perdão que talvez terá. Ou nem isso, às vezes ele vem só se certificar de que ela voltará correndo ao primeiro estalar de dedos dele, moço que se acha.
O que ele não sabe é que no fundo de toda aquela tristeza, há uma deusa. Ela é especial e se sabe especial. Sabe que poderá ser amada, adorada, desejada, venerada. Sabe que o mundo não começou nem termina nele. Sim, ela sabe.
E o moço que se acha se dá conta tarde demais que achou errado.
E que ela, mesmo que não se ache, se sabe. Mulher.
O fim do fim
Não posso te pedir para vir buscar suas coisas, pois nem tenho nada seu aqui. Aliás, só agora percebo que a ausência de objetos para essa "prestação de contas" habitual entre os amantes é emblemática da nossa ausência de vínculos.

Não quero relembrar tudo o que aconteceu, nem discutir o que poderia vir a ser. Estou farta de alimentar ilusões, prometi a mim mesma não mais aturar mentiras. O que está feito, está feito e o que virá não tem nada a ver com nós dois.

Não sei se você manda mensagens para me irritar, debochar de mim ou simplesmente para se divertir, em seu egoísmo doentio. Sei que elas mobilizam cada vez menos emoções, e até a irritação inicial que me levava a quase respondê-las passou.

Eu me arrependo muito de muitas coisas que eu fiz quando acreditava naquele quase nada entre nós que eu insistia em chamar de relacionamento. Eu me arrependo principalmente de não atender à minha intuição nos momentos em que ela gritou que algo estava errado.

Sinceramente, eu nem consigo definir ainda como me sinto. Por um lado, uma pessoa privilegiada, por ter recebido amparo, carinho e cuidado depois do baque. Por outro, uma pessoa ingênua e cega, que perdeu tempo insistindo em algo que só me fez mal.

E essa é a minha conclusão, a mais triste que se pode tirar de um relacionamento: você só me fez mal. Me fez mal inclusive quando me fazia acreditar que estava me fazendo bem, enquanto mentia, me humilhava e manipulava da pior forma possível.

Hoje em dia, já ciente de tudo o que aconteceu e capaz de te ver como você realmente é, sinto um misto de vazio e horror. E, já incapaz de mobilizar aquele ciúme desesperado que eu sentia quando você me traía, só desejo que você se ocupe de outra vítima e acabe de vez com as poucas e covardes tentativas de contato comigo.

E para não me sentir parte desse seu jogo doentio com as mulheres, espero que ela, a nova vítima, não demore muito a perceber. E que homens como você sejam cada vez mais raros e que, quando infelizmente aconteçam na vida de alguém, que causem o menor estrago possível.

Uma história do fim
De tudo que fez para que tudo desse certo, nada ficou.
O que sonhou um dia já é passado e o presente é uma retomada do que se perdeu.
Errou a mão nos sentimentos e achava que era feliz com as migalhas que tinha.
Jurava saber das coisas e fazia tudo com a certeza de quem não mede riscos.
Corajosa, sonhadora ou louca, apresentou ao mundo seu projeto de grande amor.
De tão delirante, nem percebeu quando tudo ia definhando.
De tudo que fez para que tudo desse certo, nada ficou.
Não ficou o amor, dilacerado pelos maus tratos.
Não ficou a dor, enfraquecida pelo tempo.
Não ficaram os bons momentos, sufocados pela agonia.
Nem mesmo a mágoa ficou, pois não conseguiu se acomodar naquele coração inquieto.

No outro dia, ao despertar, pensou, resignada: "sonhar é bom, mas acordar é ainda melhor."
O começo do fim
Às vezes, a melhor maneira de conhecer um relacionamento é terminá-lo. Todas as coisas boas e ruins vêm à tona - coisas bonitas, coisas mesquinhas, o outro lado do outro que estava encoberto pela paixão e pela superficialidade do dia-a-dia.

Quando acaba a obrigação de manter uma convivência "saudável" e civilizada, algumas máscaras caem. E é justamente nesse momento, quando parece que não há mais o que perder, que as coisas submersas vêm à superfície. Mais das vezes a maior parte deles, infelizmente, é sujeira pura.

Eu já tive os dois tipos de experiências. Já terminei relacionamentos que me mostraram o lado bonito e generoso do outro, que demonstrou carinho verdadeiro por mim, um carinho que não se esgotou com o término do relacionamento afetivo e que independia dos laços amorosos. Já tive o outro lado da moeda também, terminar um relacionamento e ver todos os defeitos do outro potencializados. É de se perguntar se eu não via ou não queria ver toda aquela podridão. Prefiro acreditar que algumas pessoas conseguem manter certos desvios e falhas de caráter devidamente controlados e até ocultos por algum tempo. Ao lado disso, a inevitável cegueira que a paixão nos provoca, em maior ou menor grau. Uma combinação perfeita para terríveis enganos, que só se desfazem com o fim do relacionamento - e às vezes leva muito tempo.

Nós dois casos, não acredito em amizade pós-relacionamento. No máximo, relacionamentos civilizados. Nesse ponto, guardo uma opinião radical: se houvesse amizade, o relacionamento nem teria terminado. Não vejo como existir espontaneidade numa relação de amizade com alguém com quem já fomos tão fundo. Uma distância regulamentar é salutar.

No mais, quer termine bem ou mal, é necessário curtir todas as possibilidades que começam depois do fim.
quarta-feira, setembro 23, 2009
O tempo, perdas e ganhos
Viver é basicamente não perder tempo.

Mas não me refiro à correria dos novos tempos, à indiferença com as pequenas coisas, à urgência movida a trabalho e dinheiro.

Viver é não perder tempo por que é preciso saber o tempo certo para cada coisa e lugar. Por que é preciso não se dedicar às pessoas erradas e por que é preciso valorizar cada pequeno presente e gesto que as pessoas amadas nos oferecem.

Saber o tempo certo não é cronometrar nem premeditar os encontros. É simplesmente saber a hora de ir embora, de estar livre para novas iniciativas. É não querer do tempo além do que ele tem a nos oferecer.

E sim, o tempo pode ser generoso, mas ao tempo de cada coisa e lugar, repito. E o tempo de cada pessoa. Não que as pessoas sejam descartáveis, mas saber parir, criar e guardar uma história bonita, sem que ela tenha que morrer, é um dom.

Mas as histórias também morrem e não há nada de errado nisso. Nem por isso deixam de ser histórias, nem por isso devem ser renegadas. Apenas desbotam. Com o tempo. E novas cores surgem em outros espaços. Esse é o milagre do tempo.
domingo, setembro 20, 2009
Amigos


Amigos são tipos raros. Cada vez mais difíceis nestes dias difíceis.

Amigos sabem o ponto exato entre não serem pegajosos nem ausentes. Conhecem as nossas manias, nos revelam as deles. Conhecem as nossas fraquezas e não as usam contra nós. Conhecem as nossas fortalezas e não tiram proveito delas. O "toque", aquela advertência, não é para machucar, nem passar sermões. É cuidado, é zelo, é com amor. Amigos que cuidam de nossas feridas físicas e emocionais. Amigos para virar a noite na balada. Amigos para ver um filme juntos. E tomar um café depois. E rir de piadas internas. E ter um pouquinho de ciúme vez em quando.

Sim, eles existem. Mas, ah, como são raros!...

segunda-feira, setembro 14, 2009
O jogo
A sempre precisa Caminhante acabou por abordar num recente post um tema que vem me rondando há algum tempo e que eu não sabia por onde começar: a medida.

Não é que bem querer seja mercadoria, nem que seja passível de troca. Mas às vezes é preciso inverter o ensinamento franciscano: "é recebendo que se dá." Ou isso, ou o risco de ser espoliada por amigos, amantes, familiares.

Há os que não se importam em sugar o outro, energia e matéria. Há os que pretendem apenas satisfazer os próprios interesses. E há os carentes, que precisam tanto da gente que nos exploram sem querer. Por isso, é preciso estar atento.

A regra é desconfiar de todos os relacionamentos unilaterais. Se a pessoa nos tem numa medida diferente da que se dá, algo está errado. Com ela, conosco, ou com os dois. Às vezes leva tempo pra perceber. Mas o cansaço logo surge.

O cansaço de se mostrar, se entregar, se preocupar e não ter nada disso. O cansaço de ser acionado somente quando o outro quer ou precisa. O cansaço de não poder contar com o outro nas horas certas, menos ainda nas horas incertas. O cansaço de estar só.

Brasília é uma cidade propícia para relações unilaterais: de um lado, o bloco dos carentes; do outro, o bloco dos indiferentes. Quando se encontram, não é um carnaval bonito de se ver. Mas a cidade se configura assim, troca de interesses, relacionamentos que são jogos, política da não-vizinhança.

Eu levei algum tempo para entender essa dinâmica e às vezes ainda erro o passo. Mais das vezes, sou a última a captar o jogo dos relacionamentos e, quando isso acontece, a única saída digna é abandonar a partida. No futebol, seria algo como um W.O. Não importa. Apenas me recuso a dar sem receber.
Adivinha
Tão leve, tão frágil. Por muito pouco se dissipa. Precisa ser fortalecida, instruída, alimentada. E é preciso saber dela cuidar, de preferência sem ajuda externa. Claro que uma forcinha vez em quando vai bem. Mas ela não pode depender dos outros. Por que o que a muito custo se constrói, pode ser aniquilado por muito pouco. Um descuido, uma palavra mal dita, uma paixão errada, um amor por engano. Entregá-la em mãos erradas pode ser um erro fatal.

Por pouco, por muito pouco, lá se vai ela, a nossa auto-estima. E quando ela se vai, é preciso ir fundo no espelho para reencontrá-la.
domingo, setembro 13, 2009
Uma pequena história de intensidade
Eu sou o que se pode chamar de pessoa intensa, eu acho. Fui sempre assim. Nos últimos anos, em vez de saciedade, a sede de vida foi aumentando. Foram três grandes mudanças entre duas cidades num período de 6 anos: de Recife para Brasília, para Recife e de volta para Brasília. Um casamento com muitas separações. Uma paixão louca que nada me acrescentou. E nem assim a sede diminuiu. Ainda bem.


Ainda bem que sou sensível e que luto pelas coisas nas quais acredito. Ainda bem que sou crédula e romântica. Gosto da idéia de me atirar, mesmo que no raso e sem chances de um mergulho. Tanta intensidade tem um preço: a possibilidade de se machucar. Óbvio, só se machuca quem se atirou.

Nesse ponto, é preciso se refazer, se cuidar, continuar. Não mais apostar na dor, afinal não é preciso ser kamikaze. E é nesse ponto em que a intensidade se encontra com a delicadeza: no autocuidado, em se reconhecer frágil e em olhar pra mim mesma, sem indiferença nem compaixão. Essa sou eu, intensa e frágil. E recomeçando.
Carros e capitalismo
Dia desses eu entrei numa concessionária Honda, mas por curiosidade do que disposta a fazer um negócio, "só para conhecer" o Honda Fit, um carro que eu acho interessante. Lá dentro, vi o carro, reluzente, exposto no pátio. Um vendedor se aproximou delicadamente e começou a mostrar detalhes do carro. Foi aí que eu entrei num tipo de êxtase consumista. Não sei que tipo de técnica eles usam, mas o fato é que, a cada detalhe mostrado pelo vendedor, eu ficava mais e mais extasiada. Já não conseguia pensar em preço, necessidade ou prioridades. Só conseguia me enxergar dentro daquele Honda Fit vermelho, com quatro portas, ar e som original. Eu mereço um desses, pensei.

Fiquei com o cartão do vendedor, pois eu precisava voltar à aula. Foi no trajeto de volta que comecei a pensar em por que eu precisava de um carro novo. As razões diziam respeito a status, conforto, auto-estima. Mas não deu pra identificar uma razão que se configurasse como necessidade. Meu carro atual, modesto e robusto, atende a todas as minhas necessidades. Tudo o mais é consumismo. E é preciso estar atento às armadilhas do consumismo, que nos faz adquirir o que não precisamos.

Arrumei o meu velho Didino (nome do meu carro) na semana seguinte e continuamos juntos e felizes. Não foi dessa vez que o capitalismo conseguiu nos separar.
sábado, setembro 12, 2009
Frase
Eu só confio nas pessoas loucas, aquelas que são loucas para viver, loucas para falar, loucas para serem salvas, desejosas de tudo ao mesmo tempo, que bocejam diante do comum e ardem, ardem, ardem como fabulosos fogos de artifício que explodem em mil centelhas através das estrelas...

Jack Kerouac
Laços
Fui cortando, um a um, os laços que haviam entre nós. Não sem um certo apego, não sem alguma dor. Tudo o que eu achava que nos prendia. Risquei, joguei fora, apaguei. Nesse processo, foi inevitável contabilizar os vínculos verdadeiras, as marcas sinceras, as coisas em comum. Somei, subtraí, ruminei tudo sem muita pressa.

Ao final de tudo, a surpresa: nunca houve sequer um laço entre nós.
Um amor para acalmar o coração
Não tem graça nenhuma sofrer por paixão. Não é legal ser maltratado, chorar, perder as estribeiras, se desesperar por alguém. Toda essa energia mobilizada e desperdiçada. Toda essa emoção perdida num mar de confusão.

Não tem graça nenhuma ser desvalorizado por alguém e perdoar. Essas histórias intensas e desvairadas só são interessantes em filmes, e olha lá. Ninguém merece a nossa dor. Por ninguém vale a pena pagar um preço tão alto, a nossa auto-estima.

Bom mesmo é ser cuidada, amada, venerada. Curtir as pequenas alegrias do dia-a-dia, sorrir de piadas internas, desabafar após um cansativo dia de trabalho. Bom é ser feliz com alguém que nos quer bem, alguém que conhece nossos pequenos e grandes defeitos.

Bom é viver sem sobressaltos, é precisar do carinho do outro (e ter), é sentir falta da alegria dele quando ele não está. E se ele não está, é por conjuntura, e não por opção. E é feliz a mulher que tem um homem assim, anjo da guarda apaixonado.

Cazuza sabia do que falava quando pedia "a sorte de um amor tranquilo."