<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d12726594\x26blogName\x3dEstado+de+Coisas\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dTAN\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://pessoinhaemfuga.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_BR\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://pessoinhaemfuga.blogspot.com/\x26vt\x3d3771779713332399645', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

Previous Posts

Archives

Links

FarmaciaLibros BaratosPagina webForo GratisAnuncios Gratis

visitante(s)
Powered for Blogger
by Blogger templates


CURRENT MOON
moon phases

eXTReMe Tracker

Estado de Coisas

sábado, novembro 07, 2009
A fome e o refrigerante
Foi hoje, no self service onde almocei. Uma mulher magra e com cara de fome pede uma refeição, a moça da mesa em frente à minha concorda em pagar. E lá foi ela, fazer o prato para almoçar.

Quando ela volta e entrega a comanda à moça pagante, algo parece estar errado. A moça franze as sobrancelhas, aponta para a comanda e parece pedir explicações. A moça faminta fala algo baixinho e volta para a mesa.

Na fila, já na hora de pagar, descubro o motivo da polêmica: a moça faminta pediu um refrigerante. Sim, um refrigerante para acompanhar o almoço. As pessoas comentam, indignadas, como ela é "folgada" e "abusada'. "Um refrigerante, que absurdo!"

Meus pais concordam com a tese e me explicam qual é a lógica: refrigerante é supérfluo e ela pode passar sem isso. Quando ela trabalhar e puder pagar o seu próprio almoço, que compre o refrigerante. Pergunto a eles sobre as pessoas que trabalham e nem assim podem se dar "ao luxo" de comprar refrigerante. "Que se conformem", respondem.

O pensamento de meu pais reflete o pensamento geral, a naturalização da pobreza e a aceitação passiva das desigualdades. E nesse sistema, o fato de uma pessoa não ter o que comer e sentir fome causa menos indignação do que o pedido de um refrigerante.

Grande texto. #patriaomuerte  

_____________________

O mal da sociedade é ter gerado grandes desafasagens econômicas, de poder de compra e até mesmo do próprio sustento, ou os supérfluos, o consumismo desenfreado e, conforme a definição do termo anterior, desnecessário?

Ah... eu também me indignaria com o refrigerante. Que fome é esta, que considera um refrigerante imprescindível?  

_____________________

Postar um comentário