Na montanha-russa de minhas preferências musicais, agora é a vez do samba. O ritmo alegre/triste de raízes africanas tem respostas claras para praticamente todas as minhas crises existenciais. Ando ouvindo samba, bebendo samba, comendo samba.
Não é muito difícil por aqui, pois Recife tem muitos grupos de samba, não apenas espalhados pelos subúrbios, mas também com vaga garantida nos bares transados da cidade. No Carnaval há, inclusive, um tradicional desfile de escolas de sambas, que vem se mantendo aos trancos e barrancos.
Pois bem, o apogeu de minha fase sambista foi ontem, quando tive o privilégio de assistir a Velha Guarda da Portela, representada por Monarco, Noca da Portela e Dona Surica, em Olinda. Nas idas e vindas do ritmo, que se reinventou de muitas formas, o que prevalece mesmo é a genialidade das composições antigas.
Se o país fosse uma monarquia, os sambistas seriam reis e rainhas, e com muito razão. São majestades.