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Estado de Coisas

segunda-feira, novembro 21, 2005
Síndrome do Terror Familiar
Por que há sempre em mim resquícios de meu caráter anti-social. Não gosto de mesas enormes em bar, nunca sei quem cumprimentar quando chego numa festa de trabalho, saio sem me despedir, fico desconcertada quando sou apresentada a alguém, prefiro não rever parentes distantes que vejo a cada ano ou década e, pra completar, sou míope e péssima fisionomista, o que me faz esquecer quase que imediatamente alguém que acabei de conhecer.

Ah, mas nada disso se compara ao pavor que sinto da família do meu namorado. No Natal, eles costumam fazer uma festa enorme, numa chácara, dezenas de adultos e crianças em confraternização que dura cerca de 48 horas. Pânico. Na minha família, o Natal é uma festa pouco deslumbrada, quase tímida, só para os íntimos. Nossos convites se estendem no máximo até sobrinhos. Definitivamente, não é um grande acontecimento.

A idéia virou um terror para mim. Passo os dias imaginando aquele bando de desconhecidos me esquadrinhando e eu tendo que fazer o tipo namorada-simpática-que-não-se-parece-em-nada-com-a-ex-mulher-aquela-cascavel. Lembro de como a mãe dele é indiferente, a filha chora por tudo, a irmã dele fala sem parar e de como eu quis simplesmente sumir do mapa naquele fim de semana em que fui a São Paulo com ele.

No meu desespero silencioso, fiz proposta absurda para desviar a rota natalina: poderíamos ir a Recife, de carro. Calculei distância, peguei mapa na internet com o roteiro, estimei custos. Tudo assim, bem tresloucado e sem nexo.

Ele aceitou.

Agora vive planejando a nossa viagem a Recife, inclusive sugere pontos de parada para conhecer outras cidades.

Às vezes me assusto com o poder que tenho sobre ele.

Nossa, idem, idem, idem - a coisa de ser apresentada, de ser simpática, as festas da família dele. Eu acrescentaria a espinhosa questão sobre dar ou não beijinhos no rosto.

E olha que coincidência: esse ano, eu tbm vou fugir. Vou passar o Natal com as minhas tias, em Sampa.

E, de quebra, conhecer a Flávia e talvez o Xis!
(morra de inveja!)  

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Ai, também sou um pouco assim. Fico meio sem jeito nas reuniões (festivas ou não) de trabalho. Até no elevador do trabalho fico meio sem jeito. Tinha uma época que eu chegava ao cúmulo de descer de escadas para não encontrar ninguém. E também me exercitar um pouco.

Hummm, o árido "road" parece ser bem interessante. De Bsb a Recife, passar pelo Velho Chico é sempre uma emoção forte.
Beijos.  

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Nossa, adorei a programação. Acho que vocês vão curtir bastante. Faça todos os pit stops estratégicos nas praias mais deslumbrantes e desconhecidas do litoral :) Vai sobrar emoção. Um beijo.  

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mas menina, e não é que eu sou assim tambem? nunca sei como lidar em situacoes como essa... Sorrisinhos nao sao comigo. Pra falar a verdade, acho tudo isso um saco. Mas vc, minha cara, que coisa, heim? Tirar o bofe de uma confraternizacao familiar é um ato digno de aplausos. bjus!  

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Ah, Dona Flor!
Se vc vier pra SP eu quero conhecê-la!!!!!!!!
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Sou anti-social, pero no mucho.
;)  

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Um presente de Natal maravilhoso que você ganhou! Além da confirmação do poder que exerce sobre ele... o poder do amor, minha linda!  

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