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Estado de Coisas

terça-feira, agosto 31, 2010
Manual para aniversários em Brasília
Para quem está chegando, para quem vive há pouco tempo e para quem não conhece Brasília, um pequeno guia sobre as festas de aniversário, um capítulo à parte na estranha vida da cidade psicopata. Quem mora aqui certamente precisará frequentar algumas festas por ano e provavelmente terá a impressão de que o número delas é bastante superior ao número de amigos. Então, vejamos o que acontece.

1. Realmente, o aniversariante não é necessariamente um amigo. As pessoas aqui provavelmente vão te desprezar durante a maior parte do tempo e não atenderão a eventuais solicitações por algum programa social, por mais casual que seja - cinema, teatro, show. Não, elas não fazem questão de sua companhia, solidariedade ou amizade. Aliás, elas estão se lixando para você. Mas não estranhe se elas gentilmente te convidarem para o aniversário delas - como veremos, faz parte do show.



2. O aniversário será em algum bar ou restaurante badalado da cidade. Ela vai te ligar ou enviar e-mail com data, hora e local. Os mais criativos mandam até folder colorido e engraçadinho sobre a festa. Você sorrirá, esperançoso, tentando visualizar alguma espécie de vínculo afetivo naquele convite. Não se engane, você é apenas um número. Aceite e confirme, você está em Brasília e tem que cumprir o ritual, sob pena de ser considerado anti-social ou estranho.



3. A festa começou em algum bar ou restaurante badalado da cidade. Identifique uma mesa enorme reservada nalgum canto do local - é onde está a festa. O aniversariante já terá chegado e estará sentado no topo da mesa, sorridente e eufórico. Vá até ele (ou ela), entregue o presente (o que?! você não comprou, seu inútil?!), dê dois beijinhos e diga alguma coisa gentil. Recolha-se à sua insignificância e procure o seu lugar no mesão.



4. Eu aconselho usar a fantasia morto-carregando-o-vivo. Eu explico. Leve alguém com você, mesmo que a pessoa nunca tenha visto o aniversariante mais gordo. E alguém bem animado, se for possível, daquele tipo que fica amigo de infância de qualquer pessoa que conhece. Não tem problema se esse comportamento for parte de algum transtorno emocional grave. Ele vai  ajudar você a se fingir de morto e enfrentar a parte mais dura da festa, que começa agora.


5. O mesão vai sendo preenchido por gente que você nunca viu na vida e que não faz questão nenhuma de olhar para a tua cara feia. Conforme-se. Estarão presentes muitas patricinhas, carinhas fortões, alguns gays (especialmente se é aniversário de mulher), pessoas de mais idade (das quais o aniversariante só identificará a mãe ou o pai), uma amiga escandalosa que fala e ri alto, um amigo que bebe todas, uma mulher que se embriaga (e que pode ser a mesma escandalosa). As pessoas conversarão em grupos de dois ou no máximo três. Não tente se aproximar dos grupos, são espécies de clãs invioláveis e você não está ali para provocar uma guerra entre tribos, não é mesmo?



6. Coisas vão aparecendo no mesão - petiscos que ninguém sabe quem pediu, bebidas e drinques exóticos. A essa altura, todos falam alto. Apegue-se ao vivo que você trouxe e não deixe que nenhum clã se apodere dele - é a salvação para a sua falta de assunto e baixa popularidade no mesão. Beba. Beba bastante. Anime-se, uma hora essa festa vai ter que acabar. É a hora do bolo.



7. A amiga escandalosa traz o bolo, todos cantam, as pessoas em outras mesas fingem animação, é o auge da festa. E é a senha para as pessoas começarem a ir embora. Quem ficar por último é mulher do padre e ainda pagará a conta dos outros. Mexa-se. Conta parcial de cu é rola. Não discuta o que bebeu ou comeu, é horrível. Pague a sua parte, faça com que o vivo pague a dele e cumprimente o aniversariante. Ligue o foda-se e peça para levar um pedaço do bolo, pode servir pra lanchar mais tarde. E afinal, você merece. Sorria para o mesão e dê um tchau geral. O mesão vai te olhar com desprezo, mas mantenha a cabeça erguida e saiba - outros aniversários virão.

Medo com molho em cima! Esses brasilienses são muito... muito... curitibanos!  

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Ho ho hoo! Sou antissocial declarado!!

:D  

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Definitivamente, eles não são nem um pouco baianos!  

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