Caminhante me pede detalhes do caso barraco, citado num dos posts anteriores. Que coisa, hein?! Um barraco é sempre um tema irresistível mesmo.
O caso, cena-a-cena.
Cena 1: eu tagarelando com minha amiga sem parar. Namorido entediado, mas eu nem percebi.
Cena 2: eu olho pro lado. Loira perua à vista, na diagonal, a cerca de 10 metros ou algo assim, olhando para ele.
Cena 3: namorido olhando na mesma direção.
Cena 4: eu falando alto, apontando para a loira e berrando para que ele ficasse à vontade se quisesse ir até lá. A loira perua desvia o olhar e volta o corpo para outra direção, o que só confirma as minhas suspeitas e aumenta o meu ódio.
Cena 4: eu continuo esbravejando sobre o ocorrido. Namorido indignado vai ao banheiro.
Cena 5: eu e amiga tagarela analisamos o caso. Ela me apóia, mas parece um tanto assustada.
Cena 6: namorido volta do banheiro e eu o ignoro até o dia seguinte.
8 horas depois...Cena 7: exijo que o namorido jure, pelo pai, mãe e filha dele, que não estava olhando para a perua loira. Observo que tal juramento, se falso, o condenará ao fogo eterno. Ele topa. Aceito o juramento de bom grado. Beijo.
8 dias depois...Cena 8: nunca mais a amiga tentou qualquer contato comigo. Liguei e ela não atendeu. Testemunhas confiáveis afirmam que nunca me viram tão ciumenta quanto agora. Sorrio constrangida. Mas de olho nele.
Por fim, a ressaca moral. Não há como não se sentir ridícula depois de uma cena dessas.