Ontem, barzinho com amigas e hoje, praia com amigas. Nem acredito que algum dia eu gostei de caminhar no Eixão aos domingos.
O Caldíssimo, em Boa Viagem, é um bar despojado, mas cuidadoso. O atendimento é rapidíssimo, os caldinhos são deliciosos, cerveja absurdamente gelada e uma carne de sol com bolinhos de macaxeira para comer chorando de felicidade. Aliás, tenho achado ótimo o atendimento nos bares de Recife, ou talvez é só o efeito "choque cultural" depois da longa convivência com os garçons mal-humorados de Brasília. Irc.
Já a praia de Boa Viagem está engraçada. As pedras que formam a fronteira pessoas/tubarões estão bem próximas da beira da praia e, no espaço permitido para banho, a água não vai muito além dos nossos joelhos. Lógico que ninguém ousa ultrapassar as pedras, sob risco de encontrar tubarões nada amistosos. Então, fica a cena: aquele monte de marmanjos deitados na beira da praia, como criancinhas. É um banho de mar tipo piscina de criança, mas eu nem ligo, pois moro no Litoral Norte e tenho a Praia de Maria Farinha inteirinha pra mim, praticamente sem tubarões.
E tem os CDs que eu só encontro em Recife, como o histórico registro da trilha sonora dos cangaceiros, surpreendentemente delicada. Nesse CD, as músicas são cantadas por Volta Seca, um dos 'cabas' do bando de Lampião, responsável pelas cantorias do grupo.
Dormir na rede é uma alegria recuperada. A rede me envolve docemente, como se estivesse à minha espera durante esses poucos anos. Eu sorrio para ela e continuamos dormindo abraçadinhas. Tem sido assim praticamente todos os dias.
Estar em casa é, principalmente, retomar pequenos prazeres que pareciam perdidos.
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