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Estado de Coisas

segunda-feira, julho 04, 2005
Sobre mães e pânico

Eu tenho um problema: namoradinho irá me levar para conhecer a mãe e família dele, em São Paulo, no próximo final de semana. Alguém aí sabe onde fica o botão para apertar em caso de pânico, nesse tipo de situação?

É nisso que dá queimar etapas da vida. Eu deveria saber, desde a adolescência, o que fazer quando fosse apresentada à mãe de um namorado. Confesso, tive poucas experiências do tipo e absolutamente não sei como me portar na frente de mães, pais e adjacências de namorados. A propósito, a última vez que eu fiz isso foi há cerca de 10 anos, quando conheci os pais do meu então namorado, atual ex-marido. Ou seja, não lembro do código de conduta. E, mesmo que lembrasse, certamente ele deve ter sofrido modificações e atualizações ao longo de uma década. Quer dizer, estou perdida!

Tenho feito um exercício mental do que não fazer, o que, por eliminação, deveria me levar à conclusão sobre o que fazer. Coisas do tipo:

- Se eu levar um presentinho, posso parecer bajuladora. Se não levar, fica a impressão de grosseria.

- Se eu falar demais, ela vai achar que sou descontrolada. Se eu falar pouco, terei um ar de antipática.

- Se eu me aproximar muito da filhinha dele, isso é forçar a barra. Se não me aproximar, não passarei de uma potencial madrasta má.

- Se eu comer muito nas refeições, parecerei um monstro sem educação. Se eu comer pouco, parecerei fresca.

- Se eu cumprimentá-la com dois beijinhos, pode ser que na região o habitual seja apenas um beijinho. Por outro lado, se eu cumprimentá-la com um único beijinho, corro o risco de deixá-la com a boca no ar, se o habitual for o cumprimento com três beijinhos, como se usa em alguns locais.

- Se eu beber alguma coisa pra relaxar, posso ficar embriagada. Se não, vai parecer que eu estou fingindo ser recatada.

Conclusão: é hora de procurar o botão que eu devo apertar, em caso de pânico.

Huhauhahuauhauha. Adorei esse post. Vai dar tudo certo. Beijão.  

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Será que digo? Será que não devo dizer?
Bem, lá vai:

O indispensável é ter naturalidade. Uma certa timidez é aceitável. O que deve ser evitado é o descontrole da situação. Aceite o que for do seu agrado, mas com moderação. (principalmente bebidas)
Nesta faixa etária em que nos encontramos acredito que se oferecer (ou não) para ajudar a recolher a louça e lavá-la após a refeição já não influencia tanto na opinião dos pais, visto que, nesta idade, podemos contratar uma empregada para fazê-lo. Mas é de bom tom que se faça isso. Ninguém a criticará por ser prestativa demais.

Segundo o que aprendi sobre a cultura pernambucana, o namorado deve levar um presente para a futura sogra, e somente para ela; nada para o futuro sogro. Estranho, mas foi o que me ensinaram. Em se tratando de cultura paulistana realmente não sei qual é o correto. Creio que isso varia muito entre os costumes de de cada povo. E variedade étnica é o que não falta nesta capital. Em todo caso, um presentinho para a casa (um elemento decorativo, para a família) pode ser bem-vindo. Uma dessas lembrancinhas típicas do local, sabe?

Quanto aos beijos, não se preocupe. Eles já devem saber que vc é uma "brasiliense do nordeste", não é? Pois então, isso pode justificar o erro na quantidade. Em casos que beirem o vexame, recorra ao famoso bordão daquela cabeleireira ex-BBB: "Lá na minha terra... blablabla" e ria discretamente, exclamando como é engraçado que, apesar de sermos um povo só, temos costumes tão diferentes...

E, fundamental; não finja ser o que vc não é. Pais, por mais idosos que possam ser, costumam ter um feeling notável para essas coisas. E se perceberem o fingimento, deduzirão que vc pode estar ocultando algo grave. Daí é game over pra vc.

Boa sorte, Florzinha.
: )  

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Obrigada, querido. Adorei suas dicas. :***  

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Se você quiser, eu posso te contar tudinho o que fiz quando conheci minha futura sogra!

(aí você faz tudo ao contrário, porque, como você sabe, eu e a velha nos odiamos profundamente)

Fer  

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Fácil.

Imprima as 5 primeiras páginas do seu scrapbook e panflete.  

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