Estado de Coisas

Arranquei os cabelos curtinhos e espetados de um. Puxei a barba bem feita do rosto de outro. Aproveitei um corpo bem alto que ia passando e nele colei uma pele branquinha. Troquei as mãos por duas bem mais fortes, com dedos longos e direção precisa. Roubei os CDs de um, os bons livros de outro. Tirei da garganta de um incauto qualquer a voz firme e sedutora. Esperei o momento certo para aproveitar e extrair de alguém o abraço quase sufocante de tão forte, o sabor de perversão, a loucura de um desejo inexplicável. Por conta própria, apliquei ao conjunto uma gentileza sutil e espontânea, o prazer de ver bons filmes e pequenos olhos escuros, malvados, penetrantes e amedrontadores. De cada um, um jeito, um detalhe, uma forma: só assim eu chegaria ao modelo ideal. Nem cheguei a sentir compaixão pelos homens que serviram como matéria-prima para Ele.

Vários homens retalhados depois, Ele estava na minha frente, o Homem Perfeito. Fitei-o demoradamente, embevecida, e Ele apenas sorriu, de maneira enigmática e quase imperceptível. Sorri também, orgulhosa pela minha criação. Apertei ainda mais os olhos, determinada a não acordar do que eu sabia ser um sonho.

O que meu testimonial está fazendo no seu blog?

:)PpPpP  

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Huahauhauhauhaua, tinha que ser você! :)))  

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Assustador: Eis o lado Mrs. Frankenstein de uma florzinha.

(ou estou espantado à toa. Talvez seja culpa da cerveja)

...

Frankenstein era o nome do criador, certo? Ou era o da criatura? Utz, depois de 4 latinhas não garanto mais nada...

(: p  

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Eita, agora fiquei em dúvida também. Acho que ambos, criador e criatura, atende pelo mesmo nome. Mas não é o meu caso, nem do meu monstrinho perfeito. :)  

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:) bjs!  

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