<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d12726594\x26blogName\x3dEstado+de+Coisas\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dTAN\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://pessoinhaemfuga.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_BR\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://pessoinhaemfuga.blogspot.com/\x26vt\x3d3771779713332399645', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

Previous Posts

Archives

Links

FarmaciaLibros BaratosPagina webForo GratisAnuncios Gratis

visitante(s)
Powered for Blogger
by Blogger templates


CURRENT MOON
moon phases

eXTReMe Tracker

Estado de Coisas

quinta-feira, junho 16, 2005
Hoje
Hoje é um daqueles dias que deveriam ser ontem.

Hoje sinto minha cabeça pesar, uma leve enxaqueca, daquelas não declaradas, que nem agudizam a dor de viver, mas deixam os sentidos débeis. A luz me incomoda, os sons me incomodam, as pessoas me irritam, a vida me cansa.

Hoje sinto saudade, olho pra trás e conto dias e horas dos acontecimentos passados. Dia de saldo negativo, algumas coisas independem da minha vontade e persistência. E ter vontade e persistência cansa, por que sempre me atiro em busca dos resultados que às vezes fogem deliberadamente de mim.

Hoje sinto tristeza, quero estar em casa, quero me sentir cuidada. Não o cuidado sufocante ou infantilóide que, na verdade, não passa de simbiose entre dois seres irracionais. Apenas o carinho verdadeiro de quem deseja ver o outro como é, com todos os seus momentos de fraqueza, e mesmo assim tão querido. Tudo o que não tenho hoje.

Hoje meu olhar distante. Hoje meu desejo de sumir do mapa por algumas horas. Hoje meu corpo cansado. Hoje minha alma aborrecida.

Eu sempre menina desamparada revestida por uma mulher maravilha que parece não ouvir meus apelos. A menina parte para o ataque em forma de leve enxaqueca, pequeno desespero, incontrolável tristeza.

Talvez seja esse o gosto acre ao qual Drummond se refere em seu poema sobre a hora do cansaço:

A hora do cansaço
As coisas que amamos,

as pessoas que amamos
são eternas até certo ponto.
Duram o infinito variável
no limite de nosso poder
de respirar a eternidade.

Pensá-las é pensar que não acabam nunca,
dar-lhes moldura de granito.
De outra matéria se tornam, absoluta,
numa outra (maior) realidade.

Começam a esmaecer quando nos cansamos,
e todos nos cansamos, por um ou outro itinerário,
de aspirar a resina do eterno.
Já não pretendemos que sejam imperecíveis.
Restituímos cada ser e coisa à condição precária,
rebaixamos o amor ao estado de utilidade.

Do sonho de eterno fica esse gosto acre
na boca ou na mente, sei lá, talvez no ar.

Fique bem, amiga. Beijo grande.  

_____________________

Postar um comentário