Eu esperava um programa light, pelo que ouvia falar de
Pirenópolis: artesanato bonito e caro, lugares legais no centro histórico, algumas belas cacheoiras nas redondezas. Não contava com o espírito eco-aventureiro-desvairado das minhas companheiras de viagem.
Assim, no primeiro dia, circuito tradicional de Piri [para os íntimos]: artesanato, culinária local, barzinhos descolados à noite.
No dia seguinte fomos primeiro conhecer a Reserva Particular do Patrimônio Natural Vaga fogo [maldosamente apelidada por mim de Pega-fogo], que tem uma pequena e encantadora trilha margeando o Rio Vagafogo. Depois de algumas dicas, resolvemos voltar a Brasília por um itinerário diferente: o Parque dos Pirineus que, além de cachoeiras, abriga o Pico dos Pirineus, um morro que é o ponto culminante do lugar, a mais de 1.300m de altitude.
Pois bem, lá fui eu numa subida de 400m de pedras enormes, em alguns pontos bastante inclinada, sendo que às vezes as cobras se adiantavam à nossa passagem. A recompensa: a vista fantástica dos demais morros e relevo do local e mais um lindo pôr-de-sol. Na descida, fugir de mais algumas cobras e continuar a estrada de barro no meio do cerrado até voltar à Brasília.
Quero guardar aquele pôr-do-sol no meu arquivo de paisagens inesquecíveis. E, as cobras que me perdoem, ainda quero fazer amor naquele lugar...
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