Adorei o texto de Xico Sá, publicado no site No Mínimo, sobre as gafes de Geraldo Alckmin no Nordeste. Eu acrescentaria que normalmente bebe-se água de côco com canudo, ou transfere-se para uma jarra e daí para um copo - numa das campanhas de FHC, em passagem pelo Nordeste, o ex-presidente colocou o côco diretamente na boca, tsc tsc tsc...
Breve guia para Alckmin evitar novas gafes no Nordeste
1) Nem todo nordestino é baiano, embora todo baiano seja nordestino; portanto, nada de orgulhar-se de uma certa baianidade em pleno território inimigo, como em recente visita a Pernambuco, estado que mantém uma rixa eterna com a Bahia, talvez bem maior do que a do Rio x São Paulo.
2) Aquela linha de costura da buchada de bode não é retirável e muito menos é fio dental; come-se com linha e tudo, manda a boa etiqueta dos sertões e veredas.
3) Burro não é jegue, jegue não é burro; jegue é o mesmo que jumento, pois. Todo cuidado é pouco na hora de montar-se. Em tempo: o jegue é conhecido no folclore nordestino como o mais bem-dotado dos animais, símbolo de virilidade e macheza.
4) Tudo aquilo que não é capital, não é obrigatoriamente sertão. Existem o litoral, a zona da mata, o agreste… até chegar à paisagem sertaneja de fato.
5) O padim Ciço, aos pés de quem se ajoelhou em Juazeiro do Norte recentemente, foi excomungado pela santíssima igreja católica, incluindo a Opus Dei, ordem à qual vossa excelência cultua e pertence. http://ponteaereasp.nominimo.com.br/
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