Um dia de molho em casa, uma consulta médica, dois exames e o alívio por saber que meu ouvido enfermo tem salvação.
O melhor da consulta foi:
- A médica estava com o cabelo todo assanhado, o que demonstra um certo desapego às convenções sociais.
- Ela estava olhando o Orkut quando cheguei. É mais fácil falar sobre o meu ouvido e garganta com outra viciada.
- O spray com lidocaína para fazer a laringoscopia quase deu barato em mim. Mas sentir a língua enorme e inerte dentro da boca durante mais de 10 minutos não foi uma sensação muito boa.
- A audiometria mostrou que não sou surda. Mas eu acho que todos os aparelhos do mundo que fazem esse exame em mim precisam de calibração, pois alguma coisa me diz que, sim, eu sou surda.
- Sobre a minha paranóia quanto à pneumonia, a médica foi objetiva: "esquece isso e fica bem." Essa frase se aplica a milhares de outras "inflamações" de minha vida. Ou, como eu já dizia, "pneumonias passadas não movem moinhos."
- Ah, e a minha automedicação estava completamente inadequada. Eu estava tomando antibióticos e o problema é de origem alérgica. Mas não rolou sermão. Isso nem combinaria com uma profissional de cabelo assanhado e viciada em Orkut.
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O pior de ficar em casa numa segunda-feira à tarde é:
- Quase ninguém está 'online' no MSN nesse horário.
- Mas quem está, um amigo virtual aqui de Brasília, pede que eu arrume companhia para ele, pois na quarta-feira vai rolar uma festa do Conselho Jedi do Distrito Federal [sim, isso existe!] e ele gostaria de ir acompanhado por "uma mulher solteira que queira conhecer um cara sensível e até mesmo divertido" - palavras dele -, pois a ex-namorada dele, "mulher que ele mais amou na vida" - palavras dele também - vai estar presente, "mesmo sabendo que isso irá machucá-lo muito, muito, portanto, seria bom ter companhia nesse dia ou mesmo antes" e... enfim... Por Nossa Senhora dos Neuróticos Solitários de Brasília, O QUE É QUE EU TENHO A VER COM ISSO?!
- Eu deixo o celular tocar e penso no que fazer quanto ao lindo com quem dancei na quinta-feira passada, que não pára de ligar para mim, desde então. Mistério: por que eles não ligam no dia seguinte quando estamos solteiras?! A
Caminhante tem razão: as mulheres comprometidas, por motivos ainda nebulosos para mim, tornam-se irresistíveis!
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