Melhor não escrever por esses dias, deu pane. Só penso em coisas como Nem-o-perfume-de-todas-as-rosas-é-igual-à-doce-presença-do-teu-amor ou Que-a-nossa-música-eu-fiz-agora-lá-fora-a-lua-irradia-a-glória, ou, ainda, Chega-e-instala-a-beleza-momento-de-sonho-real. São dias assim, de paixão, de curtir um ninho, olhinhos brilhando e mãos entrelaçadas.
Bom, mas nada é irremediável e ainda me resta um pouco de racionalidade. Assim, podemos considerar como principais acontecimentos do final de semana:
- A viagem foi ótima, apesar de eu ter perdido as minhas lentes de contato, que ainda não tinha sequer dois meses de uso. Passei o fim-de-semana com os meus óculos estilo 'fundo de garrafa' no rosto e foi assim que a família dele me conheceu. Nem tudo é perfeito.
- Ah, a família dele... As relações são bem diferentes das que eu tenho com minha família. São mais discretos, menos efusivos, mais quietões. Mas sobrevivi.
- Sobrevivi e algo me diz que há algo novo no ar. Eu sei, é vago. Mas algo também me diz que chega de morrer por amor. Eu sei, é óbvio. Mas algo já me dizia, no início do texto, que é melhor não escrever sobre esses dias azuis. Eu sei, fico insuportavelmente açucarada.
Beto Guedes e Chico Amaral já sabiam do que eu falo, em 'Dias Assim':
E eu entãoQue sou tão sóQuero esse solAo meu redorDias assimSem direçãoNo céu sem fimNo coraçãoE eu entãoQue sou tão sóQuero esse solAo meu redorDias assimDias de pazNo céu sem fimNo coração
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