Papai do Céu,
Quando eu crescer, quero compor igual ao
Lula Queiroga. Às vezes linguagem de cinema, às vezes poesia concreta. Às vezes cruel, às vezes doce. Eu quero compor canções apaixonadas como ele faz. Canções dançantes. Quero compor mesmo aquelas escrachadas do
Quanta Ladeira. E daquele jeito malemolente, naquele tempo dele, com aquele voluntarismo de quem não precisa provar nada.
Eu sei, Papai do Céu, tô pedindo demais.
Então, faz favor: quando eu crescer, quero pelo menos escrever
textos como os de Lula. Geniais e capazes de tornar poesia qualquer relato. Eu quero.
Amém.
PS: as músicas do CD novo, Tem Juízo Mas Não Usa, estão
bem aqui. Até que enfim e obrigada, Papai do Céu.