Quando ela disse "eu quero", ele respondeu "não agora".
Então ela disse "eu espero" e ele deixou escapar um sutil "melhor não".
Ela resolveu não esperar e voltou a viver.
De vez em quando mandava um "tudo bem?" e ele devolvia um lacônico "sim".
Um dia, assim, como numa ficção, ele enviou um "te espero amanhã?"
E ela, atordoada, mandou um "é claro!"
Ele não foi e apenas disse "não deu".
Foi quando ela, sentada no chão, escreveu uma frase daquela música na areia da praia:
"desejo e sina..."