Olhou para o relógio, ansiosa. Não se viam há mais de dois anos, mas aqueles minutos pareciam séculos. Ele chegou, bonito como sempre, charmoso como nunca.
A situação era bem diferente de há dois anos atrás, o tempo muda tudo. Ambos estavam casados, estabelecidos, vivendo em cidades distintas.
Se o tempo afasta, o sexo reaproxima. Seguiram juntos para um quarto onde o tempo era uma apenas uma dimensão estática, sem a menor importância.
Ali, se encontraram como se o tempo nunca tivesse passado e o cansaço não existisse. Eram dois corpos sedentos de sexo, que se misturaram de forma irreversível.
O amor é mais importante que o sexo, nós aprendemos. O sexo é fugaz, vazio, instintivo, primário, cego e sujo.
Eles nem ligaram. Saíram de suas respectivas vidinhas estáveis, seguiram juntos mundo afora, tudo em nome do sexo. E foram felizes sim, gozaram para sempre.
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