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Estado de Coisas

domingo, setembro 18, 2005
Prestação de contas
Respira fundo. Termina de limpar o rosto e faz uma maquiagem levíssima, apenas para se sentir mais segura. Estranha, essa sensação de segurança que as mulheres sentem quando estão maquiadas... Deve ser a sensação milenar de guerreiros em pé de guerra, a certeza de sedução e... ah, não importa agora, nada de perder o foco. Sombra discreta e batom claro, quase nada.

Olha fundo nos olhos e sorri reservadamente. Lá está Ele, amor perdido na estrada e reincidente a cada onda de poeira levantada. Obsessão silenciosa e resignada. Ela começa a falar pausadamente, num ritmo tranquilo, quase calculista, nada de emoções descompassadas:

- Quer saber? Não me pergunto mais sobre o que faltou em mim. Se deveria ter sido mais comedida, menos adolescente, mais decidida. Se faltou uma conversa ou um beijo desesperado. Naquele instante, eu era só deleite e cuidado. Achava que tudo estava em seu devido lugar: as palavras certas, o sorriso deslumbrado, a obediência inconseqüente. E, ainda assim, não foi o melhor que eu poderia oferecer. O que resta? O agora. E agora, quando olho para esse outro alguém ao meu lado, com seu desejo e cuidado, o sorriso deslumbrado e o beijo desesperado, eu me vejo [como era antes] e me acalmo [por que antes não é agora]. Nada há de ser pra sempre. Nem a obsessão.

Uma pausa para pensar, ou para manter o equilíbrio das emoções, ou apenas para coçar a pontinha do nariz. Continua:

- Hoje eu te quero, mas já não dói. É um querer mudo e acéfalo, quase anomalia, quase relíquia. Não se preocupe, está bem guardado.

Pausa, dessa vez para um risinho amargo.

- Eu sei, é redundante, você não haveria de se preocupar. Você tem tantas outras prioridades, tantos imprevistos, tantas coisas fora de sua governabilidade, não é? Além disso, quem mandou eu te querer loucamente?! Pode deixar que eu sei me cuidar, eu quase sempre sei.

Chega a sentir o cheiro Dele, seguido daquela inevitável vontade de beijá-lo e de abandonar a si mesma. É despertada daquela sensação pelo telefone que toca. "Meu Deus, são quase 9 da manhã!" Termina de arrumar o cabelo, inacreditável que tenha dito tudo aquilo ao espelho do banheiro àquela hora da manhã, já atrasada para o trabalho. Apaga a luz e sai apressada, tentando recuperar os minutos perdidos.

Seu espelho deve ficar todo prosa, hein... (ô infâmia...)  

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Huahauahauahaua... Como é que você sabia sobre nós [eu e o espelho]??? :-O  

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