É preciso contextualizar o texto abaixo, para que não pareça tolo ou pueril [mesmo que realmente seja]: foi escrito num momento de paixonite febril. É, portanto, uma carta de amor, e Fernando Pessoa tem razão: "as cartas de amor, se há amor, têm de ser ridículas." E que sirva como lição para mim, publicado o meu vexame: apesar de necessárias em algum momento, as cartas de amor ridículas viraram passado para mim.Tenho medo
de enlouquecer por amor
de lugares altos
de ficar sozinha
de ruas escuras.
Sinto saudade
de minha cidade
de meus amigos
do mar
da feliz inocência.
Fico alegre
quando danço
se o céu está azul
ao abraçar alguém
se é carnaval.
Fico furiosa
durante a espera
por ciúme
se há maldade
indiferença, injustiça.
Nenhum sentimento
nem o mais intenso
pode ser comparado
à explosão silenciosa
que a tua presença provoca.
Ridiculamente apaixonada, em 18/03/04