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Estado de Coisas

quinta-feira, agosto 18, 2005
Aquela paixão e eu
Aquela paixão. Quando era quente, ardia, me queimava. Quando era fria, fazia doer os ossos. Era noite escura a maior parte do tempo, mas se chegava o dia, era luminosa e cheia de novas e desconhecidas, quase imperceptíveis, frestas de luz. Que eu via, e me ofuscavam, e me aqueciam, e sorriam para mim.

Aquela paixão confusa - volátil e perene, risonha e sisuda, doce e perversa. Aquela paixão me deixou desorientada, mas cheia de vitalidade. Perdida num mundo desconhecido, às vezes com vontade de mergulhar cegamente, como alucinada sem rumo. Como se não houvesse porvir.

Aquela paixão me despertou desejos, instintos, vontades estranhas. Mas também me fazia acreditar que seria uma história comum, bonita, real. Uma história que se estenderia sem que eu precisasse pensar no fim. Imersão total, sem direito a voltar ao mundo concreto. Flor do cerrado, cor e viço em meio à secura.

Aquela paixão foi atirada ao nada. Para que eu me embriagasse, chorasse litros, ficasse melancólica, desaprendesse a sorrir. Para que eu permanecesse sob o temporal, perdida quando achava que não havia mais nada a perder. Para que outras paixões viessem e parecessem insignificantes diante de tanta grandeza. Para que meu olhar se tornasse mais entediado, modificado, exigente, indiferente, atento. Para que outras paixões viessem, e me cativassem pela simplicidade.

Aquela paixão continua, como persiste em mim a visão do mar, mesmo que distante. Nem precisa morrer. É parte de mim e acomodou-se entre lembranças, sensações e livros que leio. Aquela paixão é [também] o que sou [agora].


Memória (Carlos Drummond de Andrade)

Amar o perdido

deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.

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