O comentário do
Ricardo nesse
post me fez perceber que eu nem expliquei o motivo da minha primeira tatuagem, uma tornozeleira de flores do cerrado.
A tatuagem é uma referência à minha volta para Brasília em 2008 (pensava em fazer há dois anos, portanto), quando eu escolhi a cidade em vez de ser escolhida por ela, como foi em 2002. É a declaração de um amor confuso a esta cidade que me acolheu, me fez progredir, me ensinou a viver só, me fez gostar da liberdade.
Flores, por que são femininas e doces. Mas do Cerrado, fortes e resistentes às condições inóspitas aqui do Planalto Central - baixa umidade e fogo. Tenho quatro ipês tatuados, das árvores que deixam a cidade colorida nos dias secos e frios.
A flor do Ipê Amarelo é um símbolo nacional, segundo uma lei de 1978. Então, a tatuagem tem muito do sentimento de patriotismo que eu não nego - da música às festas e ao futebol, sinto-me completamente brasileira. Outras três flores do cerrado estão tatuadas no meu tornozelo, entre elas a flor do pequi.
[Poema de Nicolas Behr]
E no tornozelo, por que eu adoro essa parte do meu corpo (!) e sempre amei usar tornozeleiras, pra mim tem um quê de sensualidade e subversão. E agora tenho a minha própria tornozeleira, marcada dentro de minha pele.
Já tenho a imagem para a próxima tatuagem, essa será mais fácil de entender... =)
E não, eu não faria nenhuma homenagem apaixonada, por mais perdida de amor que estivesse. Sou racional demais pra isso.