Não tenho nada contra o amor em si. O problema é o uso que fazem dessa palavra. Utiliza-se a palavra amor para justificar as mais terríveis barbaridades e os mais temerosos tipos de relacionamento.
Por amor, vale espancar e matar.
Por amor, vale manter a pessoa ao lado a qualquer custo, numa relação parasitária.
Por amor, vale fingir, mentir e enganar, por medo de perder, por vontade de acertar.
Medo não combina com amor.
E amor dispensa requisitos.
Se existe, o amor é incondicional, eu acredito.
O amor deve ser algo próximo do que eu sinto por meu filho. Desse aperto no peito que eu sinto quando ele não está por perto, ao mesmo tempo em que faço questão de contribuir para a autonomia dele.
Tudo o que amordaça, prende, limita, aprisiona, cansa e destrói, pode ser qualquer coisa, mas não é amor.
É claro que o amor eventualmente pode trazer sofrimento. Mas amar não é sofrer. E amor não é nada disso que andam alardeando por aí.
Pra quem diz "eu te amo" à toa, pra quem usa o amor para fazer mal, para quem ama sem nem pensar sobre o amor - pra tais pessoas, eu digo: pega esse amor e enfia no cu.