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Estado de Coisas

domingo, maio 24, 2009
Falso même, auto-entrevista
Sei que não foi même, mas o fato é que adorei o post do Ricardo chamado auto-entrevista. E resolvi copiá-lo descaradamente, com as devidas adaptações. =)

O que a levou a mudar-se para tão longe?
– Na primeira vez, em 2002, vim em busca de um emprego melhor, na época, um contrato num ministério. Depois, já em 2008, novamente o trabalho - leia-se realização profissional - e o delicioso sabor da liberdade me trouxeram de volta a Brasília.

Os ares são mesmo mais saudáveis que os de Recife?
– Sim, é uma cidade mais arborizada, o Plano Piloto é quase um parque ao ar livre e isso faz toda a diferença. Morando aqui eu pude perceber por que é tão importante, para qualquer cidade, ter árvores.

Como é a vida noturna de Brasília?
– É boa e variada, tem botecos para todos os gostos. Adoro o fato de os botecos ficarem no meio de quadras comerciais, gosto do atendimento correto na maioria deles e me acostumei à falta de música ao vivo. Só fico triste quando eles fecham, por conta de lei distrital, pouco depois da meia-noite. =/
Fora isso, tem as boates gays, as boates de pegação, a festas alternativas, as tribos. A noite de Brasília reflete toda a diversidade da cidade.

E a violência urbana?
– Cresce assustadoramente e a olhos vistos. Mas ainda é um paraíso perto de Recife.

O custo de vida é mais alto?
– O custo de moradia, de tão abusivo, é surreal. Mas, com exceção desse item, tudo o mais é parecido (ou até mais barato) aos preços praticados em Recife.

Falando em bens de consumo, existem lojas de grife aí?
– Sim, muitas, absurdamente, coisas luxuosas e caras como eu nunca vi antes. Ostentação é uma palavra-chave por aqui.

A programação da rede aberta de televisão é muito diferente?
– Eu não gosto muito de TV, mas não percebo diferença na programação, não...

A propósito, para que time você torce?
– Náutico! \o/
Mas por aqui é estranho. As pessoas, mesmo tendo nascido aqui, torcem para times do eixo Rio-São Paulo.

É verdade que a secura de Brasília é insuportável?
– Depende. Algumas pessoas sofrem mais. Meu nariz sangra até hoje, mas já não sinto falta de ar nem tonturas. O corpo acaba encontrando estratégias para sobreviver à baixa umidade. E, claro, o hábito de beber água se estabeleceu definitivamente no meu dia-a-dia. Uma amiga minha que morou aqui diz que só lembra, dessa época, que bebia muita água e fazia muito xixi. =D

Pra terminar: Diga algo que você adora e algo que você detesta, de onde está morando atualmente.
– Eu adoro a tranquilidade agitada. É um prédio calmo, sem incômodos à boa convivência, mas com vida - barulho de crianças, churrasco aos sábados, essas coisas. E gosto de morar num condomínio fechado, mesmo sem tanta violência urbana como Recife. Descobri que a sensação de segurança que as grades me proporcionam é algo que passou a fazer parte do meu bem estar. =)
Detesto o trânsito, complicado e caótico. Não concordo com quem diz que o trânsito em Brasília ficou ruim por que é uma cidade engessada. Nada disso. Falta é uma boa engenharia de tráfego e opções de transporte público, coisas que, modéstia à parte, são muito mais avançadas em Recife.
domingo, maio 17, 2009
Caetano
Foi ontem, no show de Caetano Veloso aqui em Brasília. Esperadíssimo por mim, Centro de Convenções lotado. Última música, Força Estranha, na última parte, em que ele pede para o público cantar junto. Caetano foi caminhando no palco e, de repente, suniu. Caiu do palco, de mais de metro de altura. Assustador.



Ídolos também se descuidam e tombam, pois é. Mas como não é um simples mortal, ele levantou e continuou a música, lá de baixo mesmo, de onde havia parado. Depois foi até o palco, agradeceu ao público e saiu andando. Por isso ele canta, não pode parar. Simplesmente impressionante.

quarta-feira, maio 06, 2009
De impacto
Começou suave, lento. Depois, fomos acelerando aos poucos. A música alta ajudava, parecia criar um ambiente especial e cheio de magnetismo. As luzes se apagaram, então pudemos ir mais rápido ainda. Comecei a subir e descer, sem parar, sem cansar. Às vezes diminuía o ritmo, mas não era repouso. Meus músculos permaneciam contraídos o tempo inteiro. A música, o suor, os movimentos. Eu sorria, às vezes cantava baixinho. Ofegante, mas não queria que terminasse. Abaixava, levantava, inclinava, parava, balançava, os movimentos eram ininterruptos e surpreendentes. No auge, eu apenas ouvia a música alta e sentia meu corpo inteiro vibrando. Coração batendo rápido, sangue circulando por todos os cantos. Fechei os olhos e sorri.

Depois disso, as luzes se acenderam aos poucos, a música se tornou suave, minha respiração voltando ao normal, meu peito desacelerando. Olhamos para o lado e nos demos conta que havia terminado. Repouso. Alongamento. Palmas.

Palmas?

Pois é, spinning é quase sexo.
segunda-feira, maio 04, 2009
Programas
Caetano, Lenine e Mombojó em Brasília, entre maio e junho.

Se fosse só Mombojó, eu já deveria me sentir uma pessoa realizada.

Mas também quero ver o show de 50 anos do Roberto.

A vida é a arte da eterna insatisfação...
Sonho
Acordei atordoada. Sonhar com ex é a coisa mais sem-noção que alguém pode fazer com tanta frequência, como eu. O que Freud chamava de inconsciente, eu chamo de sem-noção.

No sonho, ele estava novamente se entregando pra mim. De um jeito que eu nunca terei. Acordei, fiquei inconformada com a interrupção brusca e indevida. E bem na hora em que ele ia conhecer a minha mãe! Fechei os olhos, dormi de novo e - pasmem - o filminho continuou.

O sonho acabou às 6h20, hora de acordar pra vida. Mas eu passei o dia inteiro extremamente irritada. Sonhar não custa nada, uma ova!