Começou suave, lento. Depois, fomos acelerando aos poucos. A música alta ajudava, parecia criar um ambiente especial e cheio de magnetismo. As luzes se apagaram, então pudemos ir mais rápido ainda. Comecei a subir e descer, sem parar, sem cansar. Às vezes diminuía o ritmo, mas não era repouso. Meus músculos permaneciam contraídos o tempo inteiro. A música, o suor, os movimentos. Eu sorria, às vezes cantava baixinho. Ofegante, mas não queria que terminasse. Abaixava, levantava, inclinava, parava, balançava, os movimentos eram ininterruptos e surpreendentes. No auge, eu apenas ouvia a música alta e sentia meu corpo inteiro vibrando. Coração batendo rápido, sangue circulando por todos os cantos. Fechei os olhos e sorri.
Depois disso, as luzes se acenderam aos poucos, a música se tornou suave, minha respiração voltando ao normal, meu peito desacelerando. Olhamos para o lado e nos demos conta que havia terminado. Repouso. Alongamento. Palmas.
Palmas?
Pois é, spinning é quase sexo.
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