Quando precisamos de carinho, eles oferecem sexo selvagem.
Se queremos mesmo é um sexo sem pudores, lá vêm eles discutir a relação.
Se a gente precisa de um amigo, eles são ótimos amantes.
E quando mais precisamos de um amante, não há melhor companheiro para o dia-a-dia.
Ou eu fiquei louca ou fragmentaram o bom e velho homem - simplesmente HOMEM - em mil pedaços que nunca se encaixam e vagueiam por aí, sem destino algum...
E quem era o bom e velho HOMEM?
O macho, o provedor, aquele que saía da caverna todo feroz, para caçar com amigos, e voltava lindamente cansado, ostentando, feliz, as presas abatidas. Aquele, com cheiro de loção pós-barba, mas sempre com uns pêlinhos que arranhavam ao roçar. Aquele que ia ao futebol com os amigos, voltava machucado e precisava de cuidados. O que fazia a mulher se sentir fêmea. O que protegia, o que precisava ser aconchegado. O bom e velho homem, que tinha respostas objetivas e humor meio paspalhão. O que gostava de aventuras e era bom pai. O que sabia cozinhar, mas tinha preguiça. O que sabia escolher vinhos. O que namorava a vida inteira. E, principalmente, o que não chorava. Ou chorava apenas quando não havia ninguém por perto.
Saudade dele, que viveu até hoje apenas nas minhas fantasias.
_____________________