Era uma vez uma cidade que queria ser Brasília.
Criada no final da década de 1980, quando diziam ser a "cidade do futuro", Palmas foi planejada tentando manter os conceitos que nortearam a criação de Brasília: espaço verde, qualidade de vida, blá blá blá Whiskas. Era então a cidade das oportunidades e muita gente para lá (também) migrou em busca de emprego, dinheiro, uma vida melhor.
Hoje, a cidade tem uma "esplanada" de secretarias do Governo, muitas tentativas de "arquitetura arrojada", barro vermelho no chão e rotatórias por toda a parte. E só. Palmas é uma cidade estranha, mal cuidada, com enormes espaços desabitados, pouca gente pela rua e nenhuma marca especial. Um povo que pouco se vê e, quando se vê, pouco sorri.
Vale a pena pela "Praia" da Graciosa, margens do Rio Tocantins, que tem um belo pôr-de-sol e um clima agradável de rio.
Talvez seja pedir muito para uma cidade com menos de 20 anos, mas a impressão que dá é que que depois do boom de prosperidade na primeira década, a cidade estagnou.
E foi assim que a cidade que queria ser Brasília ficou velha aos 19 anos.