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Estado de Coisas

domingo, janeiro 20, 2008
Carnavais a apagões
Aconteceu há muitos anos com uma amiga minha. Carnavalesca convicta e viciada em fevereiros, era daquelas que choravam quando a famigerada Quarta-Feira de Cinzas chegava, implacável. Quem brinca Carnaval sabe do aperto no peito que começa a sufocar na Terça-Feira Gorda, e que só não dilacera o coração por que ainda há algumas horas para aproveitar e a gente não pode se dar ao luxo de ficar triste.

Pois bem, essa minha amiga estava pronta para mais um dia de Carnaval, fantasiada e a postos para subir e descer ladeiras em Olinda. Foi quando aconteceu. Ao olhar pros lados e ver toda aquela alegria excessiva, aquela gente alcoolizada e fora de órbita, a música alta e as pessoas pulando freneticamente, ela sofreu o temido 'apagão de Carnaval'. De repente, em meio a folia esfuziante, minha amiga se deu conta de que nada daquilo fazia sentido pra ela.

Como num estalo, ela havia despertado da catarse carnavalesca. Perguntou-se o que estava fazendo ali e não encontrou resposta. Olhou para os lados, tomou uma cerveja na esperança de relaxar um pouco, sorriu para amigos e acompanhou uma orquestra, mas não havia mais volta. O Carnaval e toda a sua histeria coletiva tinham definitivamente acabado para ela. Nunca mais pôs os pés na folia depois disso. Sem remorsos, ou críticas, nem saudade, a festa simplesmente deixou de causar nela aquela alegria que não precisa de explicações.

Todos os anos, temo que vá acontecer a mesma coisa comigo. Chego a sentir o apagão de Carnaval se aproximando, quase começo a achar aquilo tudo tão ridículo e cansativo, mas não tem jeito, eu acabo me deixando levar. A festa me deixa, ao mesmo tempo, entorpecida e agitada. Eu simplesmente não consigo pensar. Foi assim que me senti ontem no Bal Masqué, um dos bailes mais legais das prévias carnavalescas em Recife.

Talvez tenha faltado à minha amiga ouvir Almir Rouche momentos antes, e o tal apagão não teria acontecido.

Se depender de mim, estou apagado desde o dia 26 de dezembro, quando iniciaram-se as chamadas carnavalescas na TV.

E semana passada mesmo, disse a um colega do serviço:
– Quero ver se consigo entrar em coma até o carnaval.

Ele ficou tão preocupado que até prontificou-se a pagar um almoço pra mim – o qual eu nem queria.

Tudo bem que me minha fase negra não é tão somente devida à proximidade do carnaval mas...  

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E pra quem já nasceu com o apagão, será que tem cura?
(se tiver, eu não quero)  

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Comigo o apagão foi acontecendo aos poucos. Eu notava que as luzes da animação vinham diminuindo, até que no ano passado fugi do Carnaval de Salvador. Viajei para a cidade onde atualmente estou instalado. Eu até tinha esperança de encontrar alguma animação, já que é uma cidade de praia e com um passado de tradições festivas. Mas não tinha nada por aqui. Neste ano, porém, resolvir reacender algumas luzinhas. Vou para Salvador, talvez mais para rever amigos do que para brincar e pular (mas sei que não vou evitar isso! hehehe). Pois sei que em breve a festa vai estar muito distante de mim - e acho que não terei saudades. Aproveite enquanto a animação ainda bate forte. Quando ela for embora, não fique chateada. As luzes estarão acesas em outras direções. Grande beijo.  

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