Finalmente, Recife. Em poucas semanas estarei de volta pra casa. Eu simplesmente não consigo expressar a euforia do retorno, mas o texto abaixo, escrito há mais de um mês, revela um pouco de minhas eternas crises de banzo, agora próximo do fim, e uma ponta do universo de razões que me atraem para a minha cidade.
Êeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!!!
Banzo - a novelaEu preciso voltar para Recife por que eu quero comprar todos os CDs de Silvério Pessoa. E de Lula Queiroga. E dançar no show do Cordel do Fogo Encantado. E participar do arrastão do frevo que Antonio Nóbrega promoverá pelas ruas de Recife em fevereiro. Por que meu filho é louco pelo Campeonato Pernambucano de Futebol. E eu não vivo sem o Carnaval de Recife. Por que eu quero andar pelo Marco Zero aos domingos. Por que eu só gosto de assistir a shows de rock com meu irmão. Por que minha irmã sempre sabe dos melhores bares da cidade. Para sentar na calçada de casa com minha mãe e ouvir música antiga com meu pai. Por que eu quero mesmo fazer um roteiro especial pelo Nordeste em 2006, a começar pelo Parque Nacional Serra da Capivara. Por que eu gosto do sotaque pernambucano. E eu não gosto de passar tanto tempo sem dançar forró. Nem sem tomar banho de mar. E a minha melhor amiga, Carmem, está lá e diz que me sente próxima a ela. Por que eu ainda nem transferi o título de eleitor e vivo aqui como se estivesse prestes a voltar para lá. E ainda choro sempre que ouço Sabiá, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas. Por que sei que esse banzo não tem fim. Não é só por não "gostar" de Brasília. Mas é que eu sou doida por aquela cidade confusa.
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