Estado de Coisas

Retomo as atualizações no blog hoje, quase 3 da manhã, feliz e atordoada.

Feliz por que parte de minha ausência na net deveu-se ao fato de que tive que preparar a casa e a vida para a volta do meu pequeno, e tem sido tudo deliciosamente reconfortante, depois de um ano sem a companhia instigante dele.

Atordoada por que hoje se encerra a minha atribulada jornada de uma semana com a filhinha de namorado, e por pouco eu não enlouqueci. Ter passado uns poucos momentos com a menina em setembro já havia me dado indícios de que a tarefa não seria nada fácil. Mas foi tudo muito pior do que eu pudesse imaginar. Demorou a acontecer, mas descobri um empecilho entre nós: eu não conseguiria conviver com tanta chatice por um tempo mais prolongado, se fosse necessário.

A pequena tirana se comporta como um pequeno monstrinho e faz de tudo para irritar, desde pular de pé em cima do sofá até passar horas na internet ou mesmo contar "inocentemente" a história de como começou o namoro entre a mãe e o pai dela - que, por acaso, é o meu atual namorado. Tem crises histéricas em intervalos regulares, acha que pode fazer absolutamente TUDO o que quer e, de quebra, vive comprando briga com o meu pequeno a toda hora. Litros de Passiflorine e olhar paranoicamente vigilante, há alguns dias eu passo cada minuto à espreita do momento em que ela começa a briga, para mostrar ao pai dela e exigir providências dele. Assim, ela não pode se fingir de coitadinha quando ele chega e, de quebra, ganha uma bronca [leve, é verdade, mas melhor do que nada].

Ter um filho também me deixa à vontade para falar sobre crianças e limites - é difícil encontrar o ponto certo, mas acho que estou conseguindo isso de maneira cada vez mais acertada. A criança que pode tudo diante da família, por ser filho único, ou por excesso de proteção, ou sabe-se lá o que, torna-se insuportável fora daquele ambiente onde reina, absoluta. Pior ainda, penso que esse tipo de comportamento pode gerar as patricinhas e mauricinhos de amanhã - consumistas, vazios e com a ilusão de que o mundo existe só para atender às suas fúteis vontades.

Os contos de fadas que eu li na infância estavam redondamente enganados. Coitadas das madrastas, sinto na pele o que elas aguentaram durante séculos das princesinhas nojentinhas.
















"Espelho, espelho meu, existe alguém mais próximo da loucura do que eu?"

Não se precipite - eu tive uma madrasta de contos de fadas!  

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Com as férias adiadas por mais alguns dias, estou a visitar os blogs amigos. Amiga! Ninguém merece uma "enteada" como essa que você arranjou. É pena que aqueles que cuidam da sua educação não estejam vendo o "monstrinho" de chatice que estão a criar. Ainda bem que o Papai Noel foi generoso com você e trouxe esse presentão que é o seu filho novamente ao seu lado. Isso vale qualquer sacrifício frente a uma garota chatinha e mal-educada. No beijo e no afago, votos de que 2006 seja um ano de muitas realizações, conquistas, e aproveitamento das oportunidades.  

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Nesse ponto acho que tenho sorte: A filha da minha pernambucana me adora.
: )

E não tenho filhos para desentenderem-se com ela. ( ... ) Bem, quem sabe venha um filho pra fazer companhia a ela. Só Deus sabe...


A propósito (ou nem tanto),
Feliz ano novo, Flor! ; )  

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Xiiii... isso é um PROBLEMA!  

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Coisa difícil... A menina deve ter muito ciúme do pai e fica provocando o tempo todo. Desejo a você coragem, paciência e sorte.
Bjos.  

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Bem, memory stick é onde as fotos são armazenadas na câmera digital.  

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Prefiro um caldeirão. Põe ela lá! ;P

Nossa, fui muito má nessa. :)
Beijos.  

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