Poderia ter sido bom. Sim, poderia. Em muitos momentos (muitos mesmo), eu acreditei que seria bom. Acreditei verdadeiramente. A ponto de apostar fichas: meu casamento, a estabilidade, o companheiro, a previsibilidade, o medo. O medo de amar, de ser amada, de correr riscos - joguei os medos pela janela.
Não foi bom, nem poderia ter sido. Os medos eram reais, a história não foi bonita, eu sofri, eu fiquei sozinha. Mas faria tudo de novo, tenho certeza que sim. Não com as informações de que disponho agora, pois aí seria insanidade pura. Mas como eu enxergava as coisas, tudo bonito e verdadeiro, coisas em que acredito, coisas que eu também sou.
Pois todo mundo pode algum dia na vida se deparar com doente. Mas viver ao lado de um doente, isso é opção. E eu escolhi o amor saudável.