Ontem fui conhecer uma feira de escambo aqui em Brasília. O folheto comentava sobre reciclar, reutilizar e sobre trocar coisas que não nos servem mais, mas que podem servir para alguém. Pois bem, geladeira, violão, roupas, sapatos, revistas, bijuterias, brinquedos, DVDs, enfeites para a casa, cachaça Seleta. De tudo. Objetos estendidos no chão, em mantas, e expostos por bicho-grilos sorridentes. Era uma espécie de Woodstock das trocas.
Eu fiquei meio constrangida com as minhas três sandálias novinhas. Como boa consumidora compulsiva que sou, comprei num impulso e me arrependi. Elas destoavam das coisas usadas e revelavam o meu torpor consumista. Troquei nada por coisa nenhuma e ainda prefiro o bom e velho cartão de crédito.
Pensando bem, as sandálias talvez sirvam na minha irmã.
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