Passei alguns longos dias sem computador. Vírus ou sei lá o que. Nesse período, pouco mudou. A principal diferença é que Brasília foi invadida por cigarras. Elas estão por toda parte, berrando desesperadamente, dia e noite. Quem acha que cigarra "arrebenta de tanta luz e enche de som o ar" é só o Milton Nascimento. Isso, se em Minas for assim. Porque aqui elas gritam de forma ensurdecedora. Minha chefe escreveu um poema sobre o tal "canto" das cigarras. Eu, menos solidária a esses insetos horrorosos que parecem moscas gigantes, apenas deixei (e me deliciei assistindo) que uma delas fosse torturada durante algumas horas por minhas quatro gatas. Maldade, eu sei. Mas, bah, isso não é nada perto do que a Flora faz contra o resto da humanidade na novela. Quem tiver dó, que leve os milhões de cigarras espalhadas pelo Plano Piloto pra casa.
Sim, as cigarras me enlouqueceram.
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