Ela sabia que aquele relacionamento estava morrendo lentamente. Fazer juntos pequenas coisas do cotidiano já não era tão emocionante. Aos poucos, as mãos foram ficando distantes umas das outras e os olhares mal se encontravam. Mas há tantos casais por aí que vivem "felizes" assim, nessa harmonia esmagadora... distantes, mas que conservam uma amizade que faz parecer que vale a pena insistir. Afinal, quem há de negar que a amizade é um sentimento nobre?!
Foi quando surgiu outra pessoa e olhos e mãos se encontraram de um jeito que ela havia esquecido. E não era exatamente o que havia na outra pessoa, mas o que estava nela, dormente, esperando uma vazão qualquer. E veio, enchente de emoções, com direito a capítulos de novela mexicana. E ela percebeu que tinha se anulando em nome de uma felicidade artificial. E que não podia ser feliz sem ser autêntica. E que a força estava nela, e somente nela.
Ela sabia que aquele relacionamento estava morrendo lentamente.
E escolheu viver.