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Estado de Coisas

terça-feira, dezembro 06, 2005
Fora do eixo
Estranho.

No 38º Festival de Cinema Brasileiro, entre os longas-metragens que eu assisti, estava "Depois Daquele Baile", de Roberto Bomtempo. Até a metade do filme, a platéia ria sem parar, gargalhava, quase caía no chão de tanto rir. Eu dei só uns dois ou três sorrisos de canto de boca, para não me sentir tão deslocada. Da metade do filme em diante, a platéia chorava copiosamente. Lágrimas caindo ao meu lado, pessoas fungando por toda a parte, lencinhos socorrendo os mais prevenidos. E eu nada, nem vontade de marejar os olhos, nem mesmo uma pequena tristeza passageira. Não que o filme seja ruim: é levinho, engraçadinho e bonitinho. Tudo assim, bem 'inho', mas nada de fortes emoções.

Outro dia, em outro festival, dessa vez o Mix Brasil, de cinema e vídeo da diversidade sexual, assisti a uma daquelas aberturas que o Centro Cultural do Banco do Brasil apresenta. São vários curta-metragens temáticos, dirigidos por cineastas renomados, que tratam de valores como afeto, alegria, fraternidade e outros. Os que vi até agora são lindos. Nesse dia, foi a vez do curta sobre conhecimento, dirigido por Cacá Diegues, que foi totalmente gravado em Pernambuco, referindo-se ao Maracatu, conhecimento transmitido entre gerações, tendo como apresentador Antonio Nóbrega e o seu Lunário Perpétuo. Não deu outra. Fui tomada de assalto por uma emoção indizível e eu, que me gabava pouco antes de não chorar há meses, desatei num choro forte, intenso e cheio de saudade. Banzo puro, platéia atônita e com olhos secos. Os soluços só cessaram a partir do segundo filme do Festival, cerca de 15 minutos depois da primeira lágrima.

Quando todos choram no cinema, eu fico indiferente. Por outro lado, num momento em que ninguém padece, eu choro quase escandalosamente.

Essa é uma pessoa que vive há três anos em Brasília.

Essa é uma pessoa realmente descompensada.



Ouvindo Os Óim do Meu Amor, com Cordel do Fogo Encantado

Dei uma sumida, né amiga! Motivo: trabalho, trabalho, e... muito trabalho! Fui ver por aqui o que ainda não tinha visto e me diverti à bessa com suas dúvidas sobre o esmalte, o vestido ou jeans, a chapinha. Como já se passou uma semana, acho que ficou tudo resolvido... conta como foi, viu? Um pouco de humor negro no episódio de sua "incompetência" com relação à ração Pedigree... Quanto à postagem "O que falta", se pintar oportunidade de ingerir o Paixonol... faça-o amiga! Pois essa sensação de arrancar os cabelos, aperto no peito, taquicardia, roer unhas ... é simplesmente D E L I C I O S A !!!!Com relação à insônia, a Lílian está por fora, pois às vezes durmo apenas umas 3 horas por noite, e acordo linda, maravilhosa, pele de pêssego, sem olheiras nenhuma... não sei se com o passar dos anos a ausência de sono vai pesar... mas por enquanto, não faz falta nenhuma! Adorei sua choradeira no cinema enquanto todos mantêm o olhar seco... e a sua secura enquanto todos derramam rios e mais rios de lágrimas. Eu fico mais com aqueles que choram... pois sou uma manteiga derretida, choro por tudo. Mesmo assistindo o filme pela enésima vez (tipo TITANIC), choro de montão nas cenas já conhecidas quanto n'algumas novas que descubro motivos para chorar. Enfim, amiga, adorei ter estado aqui novamente. Um beijo carinhoso do meu para o seu coração, com votos de uma quarta iluminada de risos. Até a próxima!  

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Hummm, talvez isso dependa do dia. Tem dia que a gente chora por qualquer coisa, tem dia que não...  

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Estou apreciando especialmente, essa parte musical do brógue. :)Favor de, quando possível, continuar com as mesmas. Beijão.  

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