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Estado de Coisas

domingo, novembro 26, 2006
Historinha tabagista
Foi um dia, há muito tempo atrás, num boteco qualquer de uma cidade mais qualquer ainda. Ela chorava e chorava as dores da rejeição, pancadão que só quem já sentiu sabe. E quem nunca sentiu, afinal? Ela talvez já tivesse sentido isso algumas vezes antes, mas nunca havia sido tão doloroso. A falta de cuidado do outro doía mais até que a própria falta de amor. Que não houvesse o querer, o desejo, nem a vontade de ficar, ela entendia. Mas apenas um pouco de zelo teria salvado, naquela noite, aquele coração da amargura.

Lugar-comum, muitos chopes, lágrimas desesperadas e uma amiga impotente diante de tanta tristeza. Foi quando, naquela cidade qualquer, em que as pessoas nem se olhavam, a alguns metros daquela mesa, que era apenas mais uma, alguém olhou pra ela e sorriu. Uma mulher de meia-idade, cabelos curtos, ar de quem sabe das coisas, sorriso na medida certa. Fez um gesto de longe, oferecendo um cigarro. Ela, que nunca tinha fumado, sorriu e aceitou.

A mulher desconhecida trouxe o cigarro até a mesa, acendeu e passou as mãos pela cabeça dela, num gesto que misturava compreensão e afago. Ela agradeceu, fumou o cigarro e compreendeu a mensagem sem palavras. As lágrimas cederam, a realidade das coisas ao redor voltou a chamar a atenção dela. A mulher desconhecida sabia daquela dor, já havia sentido aquilo antes, mas sabia também que aquilo haveria de passar, mesmo que deixasse algum incômodo, que em pouco ou muito tempo também passaria. Nada que não fosse consumido junto com um bom cigarro. Sem palavras.

Foi assim que ela, a partir daquele dia, deixou-se acompanhar sempre por um cigarro, quando está consumindo alegremente a boa bebida.

É eu já senti essas dores várias vezes... Mas aprendi que passa, sim... sempre passa... aí perdi o medo!!! Agora só amo se for de com força... Levo umas lapadas quase sempre... Mas vivo e aproveito minha vida que é uma beleza!!!

Beijos pra tu, pessoa!!!  

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Mas... mas... aquele era o primeiro cigarro dela? E ela fumou na maior naturalidade - ao invés de quase morrer de tossir?

Caminhante  

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não vou escrever sobre aquela conversa que tivemos no msn não, depois a edito e mando pra vc por e-mail. Não quero falar disso no blog =D
beijos  

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Você sabe que não gosto de cigarro, né? Mas existem coisas piores, com certeza! hahaha
Agora, sempre vejo que a ansiedade, a angústia, a tristeza e o cigarro andam juntos. best friends, rsrsrs  

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