Uma é assim: uma taça gigante, com as bordas repletas de sal, vem trazendo doses generosas de vodka com limão. Na mesa, o garçom completa a taça (quase uma Jules Rimet) com 600 mL de cerveja. Eu bebo uns goles e fico imediata e inegavelmente bêbada, mas meu lado sóbrio ainda tem tempo de alertar: "beba devagar, isso pega!" O problema é que meu lado ébrio é obstinado demais.
Na outra, uma dose de cachaça, ou conhaque, ou algo assim, chega à mesa, em chamas. Eu tive que aprender a sugar a bebida com o canudo sem chamuscar a cara. O problema é que, na tentativa, sujei toda a minha calça. Enquanto a bebida quente respingava, o meu lado ébrio comemorou o desaparecimento brusco e sem rastros do meu lado sóbrio.
"E não me perguntes mais."
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